"NÃO SEI, SÓ SEI QUE FOI ASSIM..."

Poderia dormir agora. Se deitar eu fecho os olhos pra acordar só amanhã, e cedo. Mas não quero. Algo me deixa inquieta, mais do que minha natureza já é por si mesma. Hoje choveu, meu coração ficou mudo, minhas palavras perderam a força e eu voltei a pensar em milhares de coisas que já tinha decidido. Deu vontade de quebrar minha liberdade sem me quebrar ao meio. Mas não tem jeito, nasci assim, não sei domar nem ser domada. Dizem que um dia encontrarei alguém tão selvagem quanto eu pra correr do meu lado (vi isso num episódio de Sex and the City). Espero que sim. Espero também que amanhã o meu sorriso volte a ser mais sincero e que minha fé esteja mais forte. Minha vida está teórica demais, cansei dos livros que me mandam ler, da revista da sala de espera, do horóscopo no jornal, do lero lero, do blá blá blá. Quero histórias - inteiramente minhas - pra contar, fatos pra comprovar e atos que se desatam. Preciso de colo, de um beijo, de coragem que não caiba na bolsa, de respostas. Quais eram mesmo as minhas perguntas? Minha caixinhas de invenções foi pro conserto, de tanto que já usei pra me fazer feliz. Não que agora eu seja o contrário. Continuo a mesma, mesmo mudando tanto. Porém hoje, não consigo me traduzir, (con)jugar minha pessoa, me encaixar num contexto. Hoje eu preciso do silêncio, e isso ás vezes, me deixa com medo. Preciso de mim. Meu universo não é feito de um único verso e eu preciso de todos eles. Preciso tanto. Posso tanto, sei que posso. Mas hoje estou pouco (pouco alguma coisa que eu ainda não sei explicar).

BEIJOS MÁGICOS!