domingo, 30 de outubro de 2011

SER jovem
ser VOCÊ.


Ser jovem é uma das coisas mais legais de ser. É arriscar-se em alguma coisa, é se apaixonar, é sobreviver à desilusões, é não sossegar, é suar (literalmente), é ter assunto pra um dia inteiro, é ouvir música alta, cantar junto, é dançar sozinho no quarto e também com os amigos, é aquela bagunça organizada, é querer ter controle de tudo e descobrir que não tem, é aprender piadas, ter crise de riso (ás vezes na hora errada), cuidar dos cabelos e pintar as unhas (no caso das mulheres), é olhar menos para o relógio, é ter tempo - porque na verdade, nosso tempo é a gente que faz. Entre tantas outras vantagens... (Há desvantagens também, mas vamos deixar isso pra lá.).

Conheço muita gente que decidiu ser jovem. A idade não importa. Conheço uma senhora de 75 anos que faz aulas de street dance - eu com meu gostar de acordar tarde aos domingos já me senti mais velha que ela. Conheço gente de 31 que parou no tempo. Gente de 24 que ainda não deixou de ser criança. Vai entender. 

O que eu mais gosto na juventude é a rebeldia. Isso mesmo. Porque ser jovem também é descobrir quem realmente se é. Como já disse Fernando Pessoa "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Sabe esse tempo que ele cita? Ah meu bem, é a juventude.

É começar a filtrar a educação que nossos pais nos dão. Manter a distância de um braço daquela proteção que muitas vezes nos impede de aproveitar o lado bom de ser jovem. É começar a fazer próprias escolhas e descobrir o nosso próprio jeito de fazer as coisas (ou vários jeitos), mesmo que sua mãe insista pelo resto da vida para que as coisas sejam feitas do jeito dela - é assim com todo mundo. E nós se tivermos filhos, também seremos assim, disso ninguém foge.

Ser jovem não é ser santo. Está longe disso. Se fosse santo, seria um santo e não um jovem. Mas isso não significa que ser jovem seja algo ruim ou pecado. Eu por exemplo, nunca li a Bíblia. Me interesso mais por outros livros: Fernando Pessoa como já citado no texto, Cecília Meireles, Martha Medeiros e recentemente comprei um livro com 108 reflexões para alcançar a serenidade inspirado em breves encontros com Dalai-Lama. Nem por isso sou pecadora. Eu vou pouco a igreja, mas sempre que estou em um lugar tranquilo gosto de conversar comigo mesma, colocar meus desejos em dia, separar o que quero e o que preciso e agradecer por tudo que eu tenho. Nem por isso sou pecadora. Mas na última vez que fui a uma missa, comi á hóstia sem ter me confessado, me deu vontade, eu fui lá, peguei a fila, esperei minha vez e tomei a hóstia porque eu que me sentiria melhor assim . Pois é. Não leio a Bíblia, não gosto de igrejas e ainda comi a hóstia sem me confessar. Nem por isso sou pecadora. Pecado é roubar, matar, desrespeitar, egoísmo também é pecado (e dos feios!), ambição descontrolada, não perdoar, parar de sonhar, não amar a si mesmo, ter o ego maior que o coração,  insultar, maltratar pessoas, animais e a natureza.

Sinceramente, eu desconfio de quem deixa de ser o que é para seguir todas as regras e todos os padrões. E acho chato quem vira adulto deixando de ser jovem. São aquelas pessoas que escolhem sempre o mesmo sabor de sorvete, sempre a mesma marca de roupa, sempre a mesma cor favorita, sempre o mesmo corte de cabelo, sempre o mesmo lugar pra viajar, sempre os mesmos amigos, sempre a mesma hora... O mesmo de sempre, sempre. Ser jovem é uma mudança constante, sem culpa, cheia de descobertas, faxinas na alma e reconstruções. Ser jovem é ser você mesmo, com tudo que você tem direito! Como já escreveu Martha Medeiros em uma de suas crônicas: "Seja sempre você, mas não seja o mesmo para sempre".

Algumas pessoas dizem que a juventude passa rápido, eu discordo, quero ser jovem enquanto eu viver.
E desejo o mesmo pra você!

i

"Vamos percorrer todo o caminho esta noite
Sem remorsos, apenas amor
Nós podemos dançar, até morrer
Você e eu, seremos jovens para sempre"

*


sábado, 29 de outubro de 2011

Palavras atiradas pelo ar
Você tenta disfarçar
mas logo dá pra perceber
Que seu coração ainda está quebrado
Embora você já não saiba mais porquê
De repente um dia vazio te faz pensar
Que algum dia isso pode mudar
Por que não mudaria?
Mas hoje é só mais um dia
em que você não faz mais nada além de planos
e escutar suas músicas favoritas


Espera que o sol já vem...
Eu poderia ter escrito um livro inteiro essa semana. Porque estou lendo com frequência e ler me inspira. Me faz olhar a mesma vida por diferentes "olhos mágicos", (ou talvez por um espelho como sugere o nome desse blog), fazendo com que o mundo ao meu redor gire em câmera lenta ou me faz prestar atenção em quantas pessoas conversam no metrô ao mesmo tempo. Presenciei alguma coisa que fez com que eu me perguntasse se o mal do século é tanta gente sem saber o que quer da vida. Bobagens aleatórias. Bem, não escrevi sobre nada disso porque não tive tempo suficiente (Escrevi sobre outra coisa, um texto sobre "ser jovem" que modesta parte ficou bem legal, mas que só poderei postar semana que vem). Depois do horário comercial, novos compromissos - dessa vez comigo mesma. Confesso que estava com saudade de suar e esforçar o corpo ainda que no outro dia ele esteja dolorido a beça. Mas eu gosto, sentir deve ser melhor que não sentir absolutamente nada. Sentir a vida também é sentir-se vivo - de um jeito ou de outro. Depois, quase todos os dias, perto da hora de dormir sou apenas eu e a voz do meu querido John Mayer. Yoga para meus ouvidos. Nunca pratiquei Yoga mas acredito que seja uma sensação parecida. Algo capaz de transportar o espírito para um estado de leveza. A semana inteira assim. Me senti um livro de crônicas ambulânte, onde tudo era capaz de virar história. Já a sexta foi diferente dos outros dias. Acordei 9:30 (luxo!) depois de ter ido me deitar a 1:40 me preparando para fazer com que tudo dê certo. Enquanto tomava meu café da manhã que na verdade era suco da manhã, minha mãe escutava Nova FM quando Renato Russo começou a cantar: "Mas é claro que o sol vai voltar amanhã / Mais uma vez, eu sei / Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã / Espera que o sol já vem. (...) Se você quiser alguém em quem confiar / Confie em si mesmo / Quem acredita sempre alcança!". Uma coisa eu posso te dizer... Sol não faltou no meu dia e eu acredito.


*

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

2012 está ai. Já tem propaganda de Natal na TV e as pessoas já começam a falar em amigo secreto. Não gosto de amigo secreto, pra mim, amigo tem que se mostrar, mas isso é outra história. Hoje quero escrever sobre aquela sensação de que o ano passou rápido. Rápido não. Voando, como um cometa. Quantos desejos você fez? Realizou? Não posso reclamar, realizei muita coisa. Fiz cursos que eu precisava, conheci pessoas que nem imaginava. Refiz amigos. Mudei de emprego. Tive uma coluna minha impressa numa revista. Fiz mais coisas por prazer (ou por questão de honrar a mim mesma). Quer remuneração melhor que isso? Também comprei mais roupas novas, alguns sapatos. Cores novas de esmalte. Mudei a cor do cabelo. Vivi coisas inéditas. Tive sensações loucas como quando saltei de pára quedas. Fui a uma praia que me tirou o fôlego de tanta beleza. Escalei um pico que me deu medo. Superei. Nesse mundo de panelas sem tampas, fui a dois casamentos e até o ano acabar, serão quatro. E mesmo que não seja uma realização minha, ver o mundo se realizando já me vale muito. Chorei mais que nos outros anos. Dei muita risada também. O humor nos salva nessas horas, pode acreditar. Fiz boas faxinas na alma. Cansei. Aprendi a ser irônica, um pouquinho. Descansei. Recomecei. Sai mais sozinha. Sai mais acompanhada. Fui aos shows que eu queria. Fui mais ao cinema. Li livros de ficção. Bati de frente com a realidade. Vivi muito mais que sobrevivi. Ou as duas coisas ao mesmo tempo. Não fiz tudo que queria, afinal, eu sempre quero mais (não muito). Não entrei na aula de Yoga, nem eliminei todos os quilos que queria, nem tive a sorte de um "amor tranquilo com sabor de fruta mordida", apenas um alarme falso, ainda não saltei de asa delta pra ver o mundo de cima, nem continuei a meditação que  me propus a fazer antes de dormir - isso deve ter durado uns quinze dias. Estabeleci prioridades. Treinei o "jogo de cintura". Fui fiel a mim mesma. Se a intenção desse ano era me preparar para uma batalha interna. Parabéns pra mim, o desafio foi cumprido. Perdi alguns rounds. Tive que abrir mão das minhas aulas de dança, do meu ego, dos meus doces por algum tempo e até um pouco da minha cordialidade para que algumas pessoas entendessem a diferença entre boa e boazinha. Apanhei (no sentido figurado da palavra). Mas no final das contas, ganhei. O prêmio? Acho que não consigo descrever, ou simplesmente não posso. Deve ser algo parecido com um divertir-se por dentro. Um abraço forte de despedida no passado. Um sorrir para o futuro. E um amor verdadeiro pelo presente. Algo que não pode ser revelado em foto alguma, apesar de tanta tecnologia que temos por ai. O melhor de tudo é que esse prêmio não acaba, não enquanto eu existir e for insaciável. Por isso quero mais. O ano que vem é apenas um detalhe. Comprei dois livros para renovar o repertório da alma, recomecei a dieta (que seja boa enquanto durar e depois também...), vou voltar para aulas de ginástica e quero mais. Meu réveillon já começou. E eu vou comemorar todo dia. 
Um brinde a tudo!


"Cada um escolhe o topo a que quer chegar. Nossas metas também são altas, e quando as alcançamos, inventamos outras, como uma maneira de não morrer em vida."
( A avalanche foi sem querer - Martha Medeiros)
*

domingo, 23 de outubro de 2011

Justificativas.
- E ai, tudo bem? Que horas você chegou?
- Tudo. Agora pouco
- Nossa
- Mas não fiquei trabalhando até essa hora, trabalhei até as cinco e depois fui na Paulista com uma amiga.
- Mas quando for assim avisa. imagina se a sua mãe estivesse em casa, ela ia ficar preocupada...
- Não avisei porque sabia que vocês iam sair
- Mas mesmo assim é sempre bom avisar
- Eu sempre aviso, não aviso?
- Só to falando que...
- Eu sempre aviso, não aviso?
- É que quando...
- Eu sempre aviso, não aviso?
- Tá!

"Se você entendeu o que eu disse, pra que complicar?"

Moral da história:
(  ) - As pessoam me cansam mentalmente.
(  ) - As pessoas perdem tempo com coisas que não aconteceram.
(  ) - As pessoas só começam a absorver uma informação simples depois de ter escutado pela terceira vez.
(  ) - O livro que comprei hoje: "Breves encontros com Dalai-Lama - 108 para alcançar a serenidade" foi um bom investimento.
(X) - Todas as alternativas anteriores.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Carta para uma amiga.

Lembra quando a gente se esbarrou no primeiro dia da faculdade? Eu perdida como sempre e você com o suco na mão - como sempre. Queria te pedir desculpas por, depois de um tempo, te fazer substituir o suco por Milk Shake de vez em quando. E te agradecer pelo mesmo motivo também, pela companhia. Eu sinto falta daquelas noites que a gente conversava, dava muita risada, reclamava um pouco (ou muito na época de trabalhos), cantava (mesmo sem saber a letra), via os signos na tv no ônibus voltando pra casa... Ou melhor, você via o seu signo, porque o meu raramente passava. Também quero agradecer por quando você exigiu que a coordenadora colaborasse para meu retorno na faculdade, aquele semestre, mesmo eu tendo faltado quase 20 dias por causa do intercâmbio. É... eu voltei. Por no meio de trabalho, noivo, gastrite e coisas do casamento você dar um jeito de ter uma tarde de sábado comigo, como aquela vez que fomos ao shopping, encontramos o budah, almoçamos, tiramos fotos no provador e gastamos um pouquinho. 

Eu acho tão bonito quando a gente se chama de AMIGA, sabia? É tão natural e a palavra faz tanto sentido por vários motivos. Um deles é que quando você pergunta se estou bem, é de verdade, não só por perguntar. Porque você respeita as pessoas como elas são e não as fica comparando com o resto do mundo, você nunca me julgou (nem quando eu fiquei com o... deixa pra lá, menino estranho! rs), você sempre me ouviu, nunca se intimidou com meus defeitos e, de vez em quando, até ria deles fazendo com que eu lidasse melhor comigo mesma. E eu espero, do fundo do meu coração, ter agido da mesma forma com você.

Domingo foi seu chá bar (a propósito, você estava linda vestido de menininho! rs) e eu comecei a lembrar de tanta coisa... Do dia que você me contou que tinha ficado noiva e eu fiquei tão orgulhosa, tão feliz por você. Te desejei (e continuo a desejar) o maior amor do mundo. Você merece amiga. Merece mesmo e por próprio mérito, porque nesses anos que a gente se conhece, eu nunca vi você sendo outra pessoa além de você mesma. É tão difícil isso hoje em dia. Tem gente que é simpático com os vizinhos, engraçado com os amigos, generoso com a família... Mas você não. Você usa todas suas qualidades juntas com todo mundo. Você é minha amiga Luciana Duarte e não se fala mais nisso. Por isso você merece essa luz que há dentro de você, merece o Vital ao seu lado, merece a família maravilhosa que tem da qual me sinto parte toda vez que os vejo, merece alcançar seus objetivos profissionais e pessoais. Merece uma vida repleta de momentos maravilhosos que dinheiro nenhum possa substituir.

Eu tinha te dito que só vou no casamento se eu pegar o buquê, mas por mais que a situação amorosa por aqui esteja difícil e, por mais que, a voz daquele seu amigo seja sexy demais (só a voz não, mas deixa pra lá... rs) o que me incentiva ainda mais brigar pelo buquê, é claro que eu irei POR VOCÊ. E farei questão de te aplaudir em todas suas conquistas, e CELEBRAR todas as etapas da sua vida, para ser cúmplice dos eventos surpresas que você é sempre a última a saber - afinal é SUPRESAAAAA!! rs. E se precisar de uma forcinha para tirar as pedras que, ás vezes, aparecem pelo caminho, você pode contar comigo. Porque por mais que a vida nos ocupe, mude nossos status, nos arrume um emprego que nos faça acordar mais cedo, entre tantas outras coisas que acontecem tão rápido, eu sempre vou querer te chamar de AMIGA.


Há! A prova de que eu estudava e você conversava...
 
Sempre no meu coração!

Hollywood que nos espere.

Todo mundo estranho nessa foto kkkk... Mas amizade é isso...
É estar junto até em momentos como esse!! kkkk
  

Moral da história: Amo você amiga.



sábado, 15 de outubro de 2011

Apenas assim e isso é quase tudo.

"Se você entendeu o que eu disse, pra que complicar?"
Ps: A frase acima eu ouvi no filme Amizade Colorida do qual assisti hoje. Gostei!

...Falando nisso a música abaixo é da trilha sonora do filme,
mas eu "roubei" pra também ser a trilha sonora desse post.

Não é tristeza, é apenas um cansaço diante de certas repetições. Foi assim essa semana. Um cansaço sentimental e um desejo de me livrar disso. Uma sensação de que não há muito mais o que se fazer, e que o jeito é engolir a realidade ou continuar sonhando, continuar vendo filmes com final feliz. Tudo bem clichê. Mas parando pra pensar, essa é nossa vida: uma coleção de clichês, um museu de aprendizados e um crer que no final tudo vai dar certo. (Vai dar certo, não vai?).
Verdade seja dita. Nós sabemos muito menos do que juramos saber. Nós sentimos muito mais do que aparentamos sentir. Nós acordamos cedo, enfrentamos transporte superlotado,  pagamos nossas contas, nos esforçamos para colocar um okay em todos os itens da lista de tarefas do dia, aguentamos salto alto, desculpas esfarrapadas e discursos pra lá de repetidos. Ainda temos que colocar o quarto (ou uma casa inteira) em ordem, temos que nos manter bem humoradas e atualizadas sobre o que acontece no mundo... Mas no final do dia, nos descobrimos frágeis. Algo quase inadimissível nos dias atuais. Temos que esconder isso, porque se alguém descobrir já era. Se alguém descobrir nossa fragilidade, todas as qualidades que mostramos (mesmo sem perceber) serão esquecidas e seremos vistos como pessoas que possuem problemas emocionais que nem Freud explica. É assim com todo mundo (é assim mesmo com todo mundo?).

Ontem eu me levei pra dançar, hoje me levei ao cinema e assim eu vou levando, todo dia eu sigo para algum lugar. Ás vezes me pego sentada em frente a janela do meu quarto olhando pra lua, ás vezes fico planejando viajar, ás vezes eu embarco em uma música, ás vezes é só rotina, outros dias onde o vento levar... Seja onde for, sou sempre eu, comigo mesma - inteira - em todo lugar.



"...é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente
– as razões têm essa mania de serem discretas."
 (Martha Medeiros)
*

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

JUST MOVE ON...

"Eu quero o diferente.
Cansei de pessoas iguais, sonhos iguais, modas iguais, conversas iguais"
- Caio F Abreu



As reclamações são sempre as mesmas.
Eu não consigo esquecer. Estou magoada(o). Tentei ficar com outras pessoas, mas é uma bosta. Ele(a) ainda vai voltar, vai se arrepender. Me senti usada(o). Ele(a) ainda sente algo por mim, eu sei. Não consigo gostar mais de ninguém. Só dá valor quando perde.
Quer saber? Todo mundo já deve ter dito alguma das frases acima pelo menos uma vez na vida. Eu não fujo da regra. Mas to cansada dessa história toda. De ouvir sempre os mesmos dramas de quem no final das costas, sobrevive - e muito bem por sinal.
Vamos simplicicar?
Quando você começar a ter foco na SUA vida e na SUA felicidade, você esquece. Não precisa abolir da memória, mas também não precisa deixar que os sentimentos virem fantasmas pertubadores. Tentar ficar com alguém pra esquecer outra pessoa NUNCA vai dar certo, porque você não consegue enxergar outro motivo para estar com alguém a não ser esse. Ele(a) NÃO vai voltar e NÃO vai se arrepender - até que a vida prove o contrário. Ele(a) pode até sentir algo por você, mas isso não é suficiente para querer ficar com você. Se achar que esse sentimento seja carinho, não aja de um modo que o transforme em pena. Pense MIL VEZES antes de reatar com alguém que não te VALORIZOU enquanto estava com você. NÃO ache que você pode TER uma pessoa, porque antes de você sempre houve uma vida, uma família, uma história, hobbies, manias... NÃO tente mudar ninguém. NÃO mude para agradar - será falso. NÃO se limite a gostar de apenas uma pessoa (mesmo ainda estando com ela). Existem diversas formas de amar. Você pode amar sem ter que beijar na boca. E você pode amar de novo e beijar na boca. O AMOR não está em ninguém, está DENTRO DE VOCÊ. Isso é bem clichê mesmo, porém uma super verdade - aquelas que a gente demora um pouco pra compreender. Essa coisa de amor a primeira vista até existe, mas na maioria dos casos temos que estar dispostos a CONHECER as pessoas com a MENTE e o CORAÇÃO abertos para que possamos SENTÍ-LAS.



ANOTOU? DECOROU? VAI USAR ISSO NA TUA VIDA? Me diz que sim, porque quando eu conversar com você eu quero ouvir mais COISA BOA que ruim, mais AGRADECIMENTOS que reclamações, mais MATURIDADE ao invés de atitudes de criança que esperneia porque perdeu o brinquedo preferido. Quero saber dos seus PLANOS (se não tiver um, a gente inventa). Quando eu me encontrar com você, quero que me conte de TODAS OUTRAS COISAS que te fazem FELIZ.

A vida nos dá alguns NÃO'S' pelo meio do caminho (porque as vezes nós queremos demais!). O que realmente faz a diferença é como reagimos a eles.

E se um dia eu te encontrar e tiver triste, reclamona, de cara feia, por favor ME DÊ CHOCOALHÃO, ME SACODE e ME FAÇA LEMBRAR de tudo isso okay! 


"Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém"
 - Caio F Abreu
*




terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ignorância
- a arte do julgamento

Deixa ser o que for. Não temos obrigação de gostar, mas não temos o direito de julgar, de apontar o dedo e ridicularizar mesmo que discretamente. Claro que existe uma coisa chamada "bom senso" que na maioria das vezes deve ser respeitada. Digo na maioria, porque tem horas que temos que nos libertar de qualquer regra para encontrar a verdade em si mesmo. O certo, o errado e todo resto. Entre tantas maneiras de reinventar a arte, somo bons em criar rótulos. Saímos etiquetando coisas e pessoas por ai. Tem o esperto, a burra, a gostosa, o esquisito, o estiloso, o brega, a nerd, o rebelde, o palhaço, a bailarina, a bruxa, o rasta, a hippie, o sarado, a santa, o safado... Basta um ato que lá estamos nós, julgando. Dizendo que aquele cara cheio de amigas mulheres é bicha, que a menina que estava olhando é assanhada, que "como pode aquele cara dos dreads ser advogado?". E de repente carro, casa e conta bancária também viram adjetivos. As pessoas não são nada disso, embora muitas ainda não saibam quem são. Julgamos tanto as aparências mesmo ouvindo dos nossos avós que elas enganam. Ditados não existem por acaso.Nem diferenças, nem a identificação. Isso é o que nos une. O que nos afasta é o descaso. O que nos afasta é o medo da rejeição. Colocar a espontaneidade numa jaula e moldá-la de acordo com sua preferência (ou com a preferência do outro - aquela velha história de tentar agradar) é um ato de hipocrisia quando todos nós queremos ser livres. E nós podemos ser o que quisermos se pararmos de tentar controlar tudo. E nós podemos ser o que quisermos se pararmos de tentar ser donos de tudo.

No local onde trabalho atualmente tem um cara que morou um ano no Japão e me contou algo que me chamou atenção. Ele disse que lá, as pessoas se vestem do modo que quiserem (MESMO!), saem na rua assim, andam de metrô assim e ninguém parece se importar. Ninguém olha estranho como se ser você mesmo e ter um estilo próprio não fosse coisa de outro mundo. Uma pena que nossa cultura não nos permite ser assim. Imagine só se eu te encontrasse no shopping vestida como essas meninas ai na foto abaixo...


Fofas, porém "estranhas" neh... Eu pensaria isso também. Somos ridiculamente preconceituosos, padronizados e "donos da razão". Bem vindo ao clube.


"Isso é um círculo, um ciclo vicioso
Eu não consigo mais te animar!
Onde está seu martelo? Seu júri?
Qual é o meu delito dessa vez?
Você não é um juiz, mas se vai me julgar
Bem, sentencie-me para outra vida
(...)
Você me trata como um estranho
Bem, é um prazer conhecê-lo senhor
Eu acho que eu já vou
É melhor que eu vá pelo meu caminho"
(Ignorance - Paramore)






terça-feira, 4 de outubro de 2011

As coisas bonitas desse mundo.

A semana está apenas no começo. Hoje ainda é terça, mas tive a sorte de ver coisas que irão me valer dias, semanas, meses ou se não uma vida inteira.

Ontem pela manhã, a linha amarela do metrô não estava funcionando e eu fiquei no sofá enrolada no edredom vendo as notícias na tv. Dois telejornais seguidos na globo, das 7:00 ás 8:30, com excessão da matéria do Rock in Rio, só desgraça. Acidente, furto, prisões... Sério que o mundo ta assim tão desumano? Eu evito ver jornal, não porque quero ser alienada (quem me conhece sabe que não sou), mas para não pegar as dores do mundo pra mim. Eu sou assim, sensível, quando sinto, sinto muito ou não sinto nada. Acontece de, ás vezes, eu ficar no meio termo, mas é um pouco raro.
Resumindo a manhã: o metrô voltou a funcionar e eu fui para o trabalho desconfiada do mundo, mas na volta meus olhos ganharam uma cena me veio como um presente embrulhado numa caixa linda, com laço e tudo. Eu vi um casal de idosos com um brilho nos olhos. Aquilo era amor, só poderia ser. Não consegui enxergar outra coisa diferente disso. Como se fossem dois jovens, com a certeza de que a vida deve ser amada até que ela acabe. E os olhos deles me disseram que o tempo está sendo bem aproveitado, que o tempo não é desculpa e sim um detalhe - favorável por sinal. Eles me disseram, sem perceber, por fração de segundos, que o importante não é o tempo que passou, e sim o que fazemos enquanto o tempo passa. Que o amor existe e é muito maior que padrões estéticos que mexem com nossos hormônios. O amor é lindo até com rugas e cabelos grisalhos, porque é amor - de dentro pra fora, com uma certa maturidade combinada com a alegria de uma criança. E escrevendo esse texto, eu lembrei daquela música do Titãns: "Porque eu sei que é amor / Eu não peço nada em troca / Porque eu sei que é amor / Eu não peço nenhuma prova".


Ai hoje um vídeo começa a ser compartilhado no facebook. Um vídeo do programa X Factor da Austrália com a apresentação de Emmanuel Kelly, um rapaz iraquiano que junto com seu irmão foi adotado por uma australiana que se comoveu com a situação dos dois. Eu fiquei arrepiada. O vídeo não me deixou com dó dele, porque acho dó um sentimento muito pequeno. A história de vida do Emmanuel mais a fantástica canção Imagine do John Lennon me deram um soco de coragem na cara. Como se alguém me dissesse que aquelas coisas que o mundo ainda é humano, muito maior que notícias de telejornal.



E depois começou Chegadas e Partidas no GNT. Me emocionei com a última história (Será que é a primavera que está fazendo isso comigo?) de um cara que não via o irmão há 10 anos. 10 anos? Quando vi aquele abraço de reencontro, quase abracei a tv, quase senti a saudade sendo suprida. Já escrevi um post  sobre esse adorável programa (veja aqui) que me mostra o amor em diferentes formas, não escreverei outro. Mas quem quiser entender o que estou falando assista na GNT, ás quartas, 21h30 ou procure algum vídeo no youtube.

*

Ah gente existe tanto sentimento bom e verdadeiro no mundo, nas pessoas... Mas tenho a impressão que as notícias nos deixam cada vez mais presos, tanto fisicamente quando sentimentalmente. Então vamos, por favor, tirar nossas armaduras (ou pelo menos tentar) e nos emocionar mais com a vida, porque essa vida e nós - mais do nunca- estamos precisando!




Fotos de Danilo Siqueira,
do qual sabe como ninguém retratar o amor e suas diferentes formas.

beijos.




domingo, 2 de outubro de 2011

O Conc(s)erto

- concerto  – substantivo/ nome masculino que significa “sessão musical”. Exemplo: Fui ao concerto dos Clã.
- conserto  – substantivo/ nome masculino sinónimo de “reparação”. Exemplo: Fiz um conserto no relógio.
(http://emportuguescorrecto.blogs.sapo.pt/24696.html)


As nuvens são laranjas
As estrelas, amarelas
A grama, agora é lilás
E seus olhos...
Eles sempre serão da cor que você quiser
Eles sempre serão seu passaporte para o mundo
E agora tudo possui um novo sentido

Eu estava tão perdida um tempo atrás que eu não conseguia enxergar
Eu estava com tanto medo, que eu não consguia sentir
Por quanto tempo eu estive assim?
Eu não me lembro.
Agora eu só consigo recordar os bons momentos

Dentro da sua memória você descobre que o paraíso não existe
O paraíso é você quem faz
E nós podemos construir um, através dos seus olhos
Nós podemos pintar as nuvens de laraja,
as estrelas de amarelo e a grama de lilás

Borboletas saem do meu estômago
Elas começam a voar sem destino
Eu tenho alguma noção de onde quero chegar
Mas, ás vezes, as estradas mudam de lugar
Então eu me junto às borboletas
e sigo o tempo, sigo o vento, eu apenas sigo em frente

Você só encontra um novo destino quando começa a andar
Vamos, vista seus calçados
Porque há um longo caminho a percorrer
Nós temos que voltar para onde tudo começou
Nós temos novas chances a todo momento
E mesmo assim, iremos errar
E mesmo assim, iremos nos consertar

Será um grande conc(s)erto
Com músicas preferidas, luzes coloridas, fumaça e neon
Iremos brilhar mesmo quando tiver escuro
Você irá se apresentar com o melhor que pode fazer
Você será apenas você
Todos seus fogos de artifício explodirão
E você voltará a enxergar...


Ps: Deu vontade de escrever tudo isso
enquanto assistia ao show do Coldplay no Rock in Rio.

"Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start..."
(The Scientist - Coldplay)

*