terça-feira, 3 de julho de 2012

A jornada.

  Hoje eu voltei para casa com uma sensação parecida com a do dia 5 de março. Sem saber muito bem o que está acontecendo. A diferença é que agora me sinto muito mais confortável e em um estado que jamais havia alcançado. É muito gratificante ver as coisas que me propus a fazer e é gratificante também ver que nem todas elas deram certo, caso contrário, não me sentiria tão humana como agora.

  Há coisas que eu não irei escrever aqui, nem em outro lugar. Talvez nem conte para ninguém, simplesmente porque ainda não inventaram palavras pra tudo. O melhor dessa vida é sentir, mesmo que algumas vezes, isso seja um processo doloroso. Se esse processo fizer com que você se sinta alguém melhor, livre do ego, da vaidade e de julgamentos, certamente valerá a pena.

  Eu sempre fui uma pessoa de muitas perguntas. Nem sempre tenho respostas, mas acho que isso já nem me importa tanto. O que importa mesmo o que fazemos para nos encontrar no meio disso tudo.

  Essa é uma das poucas vezes das quais me recordo em que não consigo organizar muito bem meus pensamentos por aqui. Ás vezes é bom se sentir fora de ordem e aceitar o presente. Pode ser que a liberdade, aquela com "L" maiúsculo, seja parecida com isso.

  Além de tudo isso, eu fico pensando com certa frequência que, desde sábado, eu tenho cruzado pessoas das quais nunca tinha visto (e provavelmente nunca mais verei) na vida e que me fizeram rir da maneira mais gratuita possível. Eu fiquei perto delas e quando vi, não só minha boca, mas meu corpo todo sorria.

  Hoje fui presenteada com várias coisas. Uma pedrinha, um imã lindo, amendoim, um texto cheio de lembranças e um episódio pra lá de engraçado, abraços contagiantes e uma mensagem dita pra quem quisesse acolher: Que somos totalmente responsáveis por tudo ao nosso redor. Sendo assim, me sinto orgulhosa. Sinto uma enorme gratidão por tudo.

  Eu poderia ter colocado o título dessa mensagem de "Diário do Palhaço..." como fiz algumas vezes ao decorrer da Oficina de Clown da qual participei e me levou a escrever alguns posts. Porém, o palhaço/clown é um exercício diário. E apesar de hoje ter sido a última aula da Oficina, esse tal exercício não tem fim. Só acaba quando o coração para e ainda sim, sei lá se acaba. 

  E o nosso diário, cheio de planos e horários chega a ser muito ridículo diante da grandiosidade do nosso ser - tão lindo por inteiro, incluindo todas as imperfeições possíveis. Até quem não se acha engraçado, é. Até quem não leva jeito, é. Sorte de quem descobre isso a tempo de aproveitar, e brincar, e ser... SER!

"A vida é maravilhosa, quando não se tem medo dela"
Charles Chaplin



Ai ai ai
Está chegando a hora 
de ir embora, meu bem
e ser palhaço lá fora...

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