terça-feira, 31 de julho de 2012

A verdade sobre o mundo moderninho

  Século XXI. Pessoas se comunicam na velocidade da luz e, ao mesmo tempo, possuem relações cada vez mais frágeis (irônico, não?). Se você não tiver conta no facebook, um smartphone, se casar entre 25 e 35 anos, ter um carro e depois ter filhos o mundo te olha estranho (impressão minha?). Se você fosse um refrigerante, você seria visto como Dolly Uva no lugar de Coca-Cola (não me pergunte da onde eu tirei essa comparação!). Afinal de contas, você não é a Angelina Jolie que faz pacto de sangue, tem várias tatuagens, “rouba” o marido da outra, adota um filho de cada parte do mundo, compra vestido de Oscar num brechó... e continua sendo a super Agelina. Você não é Ashton Kutcher que prega peças em outros artistas, casa com uma mulher 15 anos mais velha, dizem por ai que traiu, se separa e pega geral, surfa na enchente do Brasil... e continua sendo Ashton, o queridinho de todas as Américas.

  Não somos Angelina ou Ashton e infelizmente todos sabem disso. Convenhamos que somos meros mortais rodeados de gente que finge ser moderninha (e nós, fingimos também?). Não basta comprar a TV que reconhece voz, você tem continuar assistindo a novela das nove, assim como sua avó, sua mãe e grande parte das pessoas que você conhece. Não basta saber cozinhar, no domingo você tem que fazer macarrão. Não basta se tornar independente, você tem que casar e depois ter filhos. A modernidade não basta percebe? (Não estou criticando se isso é bom ou ruim okay!)

  Confesso que tenho notado isso a pouco tempo, mas isso não significa que se trata de uma atitude nova das pessoas. No nono episódio da última temporada do seriado Sex and The City, a personagem Carrie vai à uma festa de aniversário dos filhos de uma amiga, que fez todos os seus convidados tirarem os sapatos, ao final da festa, descobre que seus sapatos foram roubados. Ao final do episódio, Carrie conclui que nós gastamos tanto dinheiro em presentes para as pessoas que se casam e têm filhos porque é socialmente aceitável, mas ninguém comemora se somos bem sucedidos, sem filhos, felizes e solteiros.

Você pode conferir um trecho do episódio no vídeo abaixo. 
A imagem está meio ruim e o vídeo é sem legendas, mas bem, foi o que eu achei...



  Vi esse episódio no ano passado e concordei com a Carrie, ou melhor, com o roterista da série, imediatamente, bem antes das mudanças pelas quais estou passando. Quando as pessoas casam, geralmente escolhem padrinhos que abençoam a união e dão algum presente legal. E quando você resolve casar com você mesma? Quem vai te abençoar e te dar, ao menos, um pano de prato, ou quem sabe, uma cor nova de batom? (Alguém?)


  Sinto em dizer, essa é a verdade sobre esse mundo, que sabe fingir muito bem ser moderninho.

*

Um comentário:

Danilo disse...

!..é o famoso "padrão social", acho ridículo, tento viver qualquer forma que quebre este paradigma, temos que buscar o que realmente nos faz feliz, nos satisfaz, o que realmente tem de importância para a gente. Ser independente solteiro, adotar um filho, morar em conjunto, viver sem aprovação da sociedade. Obrigado pois é bem isso que me importa, o que eu julgar o certo para mim. Afinal opinião da sociedade fútil padrão e c# são iguais e acho que eles estão dando demais...Adorei o post..! [ continue escrevendo que eu continuo lendo com certeza ] D.