terça-feira, 22 de março de 2011

Quando a gente se distrai.
 
"Sabe o que é estranho? Dia após dia nada parece mudar, mas quando nos damos conta tudo está completamente diferente". (Calvin)
 
Cada dia uma novidade. Boas ou ruins, novidades alimentam a alma. Chega a hora do almoço. O telefone toca e a gente se vê, assim, de repente, ao vivo. A gente passa aquele pouco tempo - longe do trabalho -sentados no banco da praça com a luz do sol aquecendo a pele, como se vivêssemos numa cidadezinha do interior construida no meio de prédios bonitos. Parece que você veio de longe, d'uma entrevista de emprego lá de não sei onde, mas fez questão de vir e nem reclamou de subir uns quinze minutos andando do metrô até o lugar que fosse melhor pra mim. E até agora você só se pergunta o que é melhor pra mim, o que eu mais gosto, o que me faz feliz... Ás vezes, eu até acho que você tem pensado em mim, até mais do que eu faço ultimamente. Quando me distraio - e eu tenho andado tão distraída - você manda um sinal (viva a tecnologia). Até que nossas conversas são boas, o breve silêncio é bom, a surpresa então... Eu apenas me sinto bem comigo mesma e você percebe. Você repara que eu gosto de ser valorizada (quem não gosta?). Você repara em vários detalhes que eu nem tinha me dado conta. E você distrai meus pensamentos confusos, o peso de palavras que ainda carrego comigo e pontos de interregoção que ainda estão dentro da bolsa. Quer levar tudo isso? Quer me levar com você? Então leva... nem que seja apenas na hora o almoço de um dia qualquer - pra gente brincar de um dia de cada vez. Você só pede uma coisa em troca: para eu não te esquecer, pra ligar, mandar sms. Foi a "cobrança" mais bonita que ouvi esse ano. Mas eu não prometo nada. Promessas, por enquanto, só faço pra São Longuinho quando quero encontrar alguma coisa. Mesmo assim eu fico grata pelo muito que você fez caber dentro do agora

"O acoso vai me proteger enquanto eu andar distraída" (Epitáfio - Titãns)

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Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bacana seu blog, parabéns!