terça-feira, 8 de março de 2011

A Saudade.



Hoje me deu saudade de quando eu deitava no sofá e não pensava em absulutamente ninguém enquanto assistia á um programa de tv, nem associava minha vida aos filmes que envolvem algum romance imperfeito. Saudade de quando eu ouvia músicas por ouvir, sem muitas identificações - e escrevia textos que vinham de algum lugar que não era meu. Saudade de não dar a mínima para o que você fala, escuta ou faz. Saudade do "tanto faz" que agora jogamos um para o outro como uma bomba relógio. Saudade de quando eu acreditava nas mentiras bonitas que contávamos para si mesmo - sem intenção de alimentar nossos egos frágeis. Saudade de quando eu não tinha medo de ficar no meu canto, me escondendo do que você sentia diante de mim. Saudade dos dias em que você não estava presente - seja onde quer que eu estivesse. Saudade de quando eu não te contava tudo e você sabia, de algum modo, o que estava acontecendo. Saudade dos carinhos que não eram seus. Das preocupações de outros lugares. De outros danos. Outros planos. Dos sorrisos de "stand up". De me apaixonar por todos os outros caras que me deram o suficiente de atenção. Saudade de novidade. De sensação. De algo que faça algum sentido. D'uma poesia bem vivida. Saudade das palavras que não rimavam com você. Não há motivos para esconder nada, mudar de assunto, inventar desculpas, nem para conversa fiada. Nunca houve motivos, mas eu não sei se tenho saudade disso. Hoje acordei com saudade de todas as outras saudades - e com vontade de sumir com a saudade das coisas que ainda não vivi.

"How come the only way to know how high you get me is to see how far i fall
God only knows how much i'd love you if you'd let me, but i can't break through it all"
(Heartbreak Warfare - John Mayer)


Ps: Eu iria escrever um texto em homenagem á todas as mulheres, afinal, o calendário diz que hoje é nosso dia. Mas o calendário é algo tão previsível, tão "objeto"...acho que isso não combina com quem deveria ser homenagiada. Comecei a escrever e as palavras mudaram de rumo. Pois é, quando menos esperamos a vida faz isso com a gente - com minhas palavras não seriam diferente. Mas que fique registrado a minha admiração por todos os seres femininos que habitam a Terra. As nossas diversas formas de amar, reclamar, sentir, mergulhar, despertar, ser frágil, ser tão forte, se divertir, se vestir, entre tantas coisas... A tudo que nos faz únicas e mulheres!
Um brinde a nós que conseguimos conquistar o mundo com um "Olá!":
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