terça-feira, 10 de abril de 2012

Diário do palhaço - vol. 6
Dançando conforme a música...

Um dia, em casa, ouvindo uma música com duas batidas diferentes. Fiquei preocupada em qual delas deveria deixar meu corpo seguir. A resposta era simples, era só fechar os olhos. Ontem, na oficina de clown, ocorreu uma situação parecida. Tínhamos que improvisar de acordo com a música, além de improvisar com os outros clowns, que no meu caso, éramos um trio. Interessante!
Não existe o “fazer errado” (bobo de quem não se arrisca), existem tentativas que funcionam ou não. Uma constante evolução dos sentidos. No mínimo, um bom treino. Escutar a música e saber o que fazer com ela enquanto você tenta fazer outras coisas com outras pessoas.
Eu sempre acho que nossa vida é uma música sem fim, até quando tudo está em silêncio. E por mais que as atitudes sejam nossas, é essa música que nos leva, nos dá as dicas de como devemos nos mover. O ritmo é muito importante e quando o seguimos, o ar se encaixa melhor com a terra, nos sentimos mais firmes em nós mesmos e o universo do qual estamos vivendo, nos acolhe.
Saber alguns passos ajuda, por isso que procuramos conhecimento ao longo da vida e treinamos o que sabemos de acordo com as oportunidades. Quando a música acelera é preciso ter uma carta na manga, ou melhor, um passo na ponta do pé. O que a gente não pode é parar.
Esses dias li uma frase do Eisten que dizia: “A vida é como andar de bicicleta. Para termos equilíbrio, é preciso estar em movimento”. É isso. Diria até que, nesse caso, outra maneira de andar de bicicleta é dançar conforme a música.

Com vocês, Charlie Chaplin, um homem que seguia a música como ninguém...

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