terça-feira, 30 de agosto de 2011


PLEASURE, MONEY, LOVE and the CITY.

Semana passada estava assistindo um episódio de Sex and the City com um amigo quando comentei que me identifico com a Carrie, pois ambas escrevemos o que sentimos, fazemos questionamentos sobre o que vivenciamos e tentamos entender aquilo que, muitas vezes, já sabemos, mas não aceitamos. Nós amamos a cidade, gostamos tanto de um bom livro quanto de uma revista cheia de bobagens. Nós nos damos muitas chances, mesmo quando isso envolve dar chances a pessoa errada. Nós quebramos com a cara, fazemos bico, ficamos tristes e nos reerguemos. Depois de exercer nosso lado frágil, somos fortes suficientes para sorrir e não desistir. O tempo passa, a gente amadurece, ganhamos um número a mais na idade a cada ano, mas uma coisa não passa. O amor, Ou a procura de uma parte dele (porque eu já tenho uma porcentagem dentro de mim). Um amor que não peça muito, mas que seja tudo que falta. Um amor que me tire as palavras. Um amor que nos aceite, que nos descomplique. E que seja real. A Carrie de salto alto e eu evitando qualquer coisa que me faça tropeçar... Somos assim, do nosso jeito. Claro que eu não fiz esse discurso. Apenas citei o gosto por escrever e ouvi um comentário inocente (ou sou eu que ainda sou inocente). Ele disse que ao menos ela ganhava dinheiro escrevendo. Dei um sorriso morno, não me defendi e resolvi me calar. O episódio estava interessante e nem sempre vale a pena lutar para provar quem somos. Pode ter sido uma simples brincadeira, acontece que esse assunto não me saiu da cabeça e eu não sosseguei até escrever esse texto.

Será que nossa vida se transformou num grande puteiro onde nossos prazeres possuem a obrigação de serem remunerados?

Há quem diga que dinheiro não trás felicidade. Eu concordo e discordo – tudo ao mesmo tempo. Na verdade, tenho outras teorias. Dinheiro é importante sim, trabalhamos para isso. Dinheiro te ajuda a realizar desejos, te trás conforto e a sensação maravilhosa de ir ao shopping e voltar com sacolas nas mãos. Mas tem coisas, além da saúde, que dinheiro nenhum pode lhe proporcionar: PRAZER. (de ser você mesma, de seguir seus instintos,  de estar em boa companhia, de estar em paz em qualquer lugar que possa estar e até o prazer que deixa as pernas bambas...)
Tenho prazer em escrever, seja um texto, uma carta, um cartão, um resumo... Desde a infância. Não me lembro de ter escolhido me identificar com isso. Isso é uma parte do que sou e não do que eu faço. E, sinceramente, não acho que dinheiro seja a melhor forma de recompensa por eu ser fiel a mim mesma. Aliás, acho que as pessoas confundem muito reconhecimento com remuneração. Eu por exemplo, já trabalhei em um lugar que depositava meu pagamento em dia e mesmo assim não me sentia reconhecida pelo meu trabalho.  Ser remunerada é bônus, é lucro (literalmente), mas muitas vezes a vida nos presenteia de outras formas. Com gestos de valores grandiosos. É quando percebemos que o dinheiro simplesmente perde seu valor quando nossos VALORES estão em alta.






beijos urbanos!

4 comentários:

MM-LIL disse...

Tati, como já te disse...

Você escreve muito bem mesmo, e como este é meu primeiro comentário, só quero dizer que...

Realmente dinheiro não é tudo, se fosse, cobraria por todas as orientações que já dei. Mas por outro lado, seu amigo esta certo também, saber usar seus o que você tem de melhor pra ficar melhora ainda, isso sim é REALIZAÇÃO.

Me pergunta o que eu sempre quis ser desde criança?

Unknown disse...

Mais uma vez obrigada!!

=)

Como diria Cazuza: "Tem o certo, o errado e tem todo o resto" rs.

Sim, também acho que posso usar o que me dá prazer para alcançar outras coisas. Mas hoje em dia, muita gente pensa em "ganhar dinheiro" e esquecem de simplesmente SER.

Hum... deixa eu adivinhar.. Você sempre quis ser professor, sem saber que um dia poderia ser melhor, que poderia ser um educador. Acertei? rs

MM-LIL disse...

ACERTOU!!!
Ganhou um chocolate...rs

Vou te contar uma história por partes.

Quando estava na 8º série tive dois ótimas professoras que me ensinaram os valores que levo até hoje, uma era de geografia e a outra adivinha?

Se adivinhar eu continuo...

Dica, eu não tinha aula de Arte.

Unknown disse...

Ah... ainda bem que você deu a dica, se não eu logo ia na aula de Artes rsrs.

Agora ficou difícil rs.
E outra era de História?