sexta-feira, 17 de abril de 2009

Parti turas - parte tuas, parte minhas - Nossas partes remontadas


Hoje pela manhã meu pensamento estava vazio. Rabisquei palavras num papel, mas elas também pareciam vazias. Saudade de nada. Saudade de tudo. Saudade de mim. Ouço músicas na tentativa de me encontrar. Hoje ‘Mi’ encontro em ‘Sol’, só – sem lá, dó, si.... As notas que tocam nas rádios não me fazem saber quais notas eu tirei (de dentro de mim) e lhe dei tentando fazer melodias dos dias que não foram tão melados como os doces. As minhas notas, as minhas cordas, o meu grito me fazem dançar. Ás vezes, demoro a encontrar o ritmo. Fecho os olhos, porém não desisto. Não quero ‘dó’ maior ou menor. Quero-me em ‘Si’ lá ou cá, aqui. E cantar – junto aos meus passos - qualquer coisa que me faça pensar numa maneira de me tirar de onde eu não quero ir.


DANÇAR CONFORME A MÚSICA OU COMPOR A NOSSA MÚSICA PRA GENTE DANÇAR?
(Eis a questão)


Essa semana tenho a “sensação” de que deixei partes minhas por aí. Estou com vontade de pegar algumas de volta. De deixar outras pra trás. De cuidar mais das partes que restaram em mim, que estão soltas aqui dentro. Quem sabe assim eu consigo encaixar algumas peças, como se fosses Legos e montar castelos, pontes, escadas e fontes... Sabe, acho que não somos capazes de perceber de quantos pedacinhos fomos feitos. Pessoas que passam por algum momento em nossas vidas e nos deixam gestos e palavras. Isso é metade da gente. A outra metade somos nós mesmos e todas as vezes que nos partimos por nada e nos reconstituímos por tudo. É claro que ficamos confusos com tantas peças espalhadas pelo chão, pelo vão e pelo ar. Mas a cada dia que passa, num instante livre sem hora marcada, montamos nossos Legos (com ou sem ego) e aprendemos a brincar.


--> BeiJoS MÁGiCos - dançantes, remontados, com ritmo doce <--

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