segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A ignorância.

A ignorância não tem nada a ver com status ou grau de escolaridade.

Até agora eu ri das piadas, ouvi tudo em silêncio, soube dos comentários feitos pelas costas, das conclusões de quem nem me conhece direito. Não liguei. Mesmo. Minha cabeça está tão ocupada, minha alma tão sossegada que eu estou bem, obrigada. Mas eu não posso deixar de achar lamentável a maneira que as pessoas lidam com a vida dos outros. O modo em que as pessoas usam uma novidade alheia para falar tanta bobagem. (Será que é tão difícil ver a vida por um lado bom?) Sinceramente eu aprendi a  não me importar muito com o que as pessoas pensam ou falam contanto que isso não atinja as pessoas que realmente importam para mim (dar apoio a quem está precisando e falar sua opinião sem fundamento são coisas bem diferentes!). Algumas pessoas acham que só porque possuem certo grau de parentesco, possuem também o direito de estarem certas sobre uma decisão individual. Gente que afirma que eu estou enganando de alguma forma as pessoas que mais me importam (quanta idiotice!). A verdade é que esse mundo está cheio de relações superficiais onde gente que te viu nascer não possui a mínima ideia das coisas que você faz, dos livros que você lê, das coisas que conquista, das causas que você abraça e do modo que você enxerga o mundo. Elas nem querem saber. Elas só querem saber se você pagou algum mico recente, se está namorando ou qualquer outra novidade barata que possa ser divulgada via Facebook. Uau... olha só o quanto eles sabem sobre você! É o mesmo que falar de um país inteiro tendo como base uma cidade. Por que as pessoas insistem em olhar os outros como vítimas ou culpados, como certos ou errados? As pessoas vão muito além disso - independente de qualquer status. O mundo é muito maior que isso. O mundo é muito maior que a vidinha que vivemos, eu me incluo nessa percepção também. O importante é ter consciência disso e não sair falando merda por ai. Quando não tiver o que falar, comece falando de você. Vai lá, me conte uma novidade, algo que você arriscou, um medo que passou, um lugar novo que conheceu, algo que superou... Por que o silêncio agora?

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

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