domingo, 17 de julho de 2011

"Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas" - Clarice Lispector

Aquela canção...

Era sexta-feira e o show do Michael Bublé estava passando na tv. Fazia tempo que eu não ouvia aquelas canções de ar antigo, mas que ainda fazem todo sentido. Ele não é meu cantor favorito, mas o engraçado é que três das minhas músicas favoritas são cantadas por ele. São compostas por ele (Para quem não sabe, tenho mania de pesquisar letra de música). E eu fico me perguntando o motivo dele ter escrito aquelas palavras e encaixá-las em uma melodia tão docemente. Vai saber. Sei que me identifico. Everything é a tradução do amor. Home é a tradução da saudade. Haven't Met You Yet traduz o desejo. Coisas tão distintas que podem se misturar, ou não.



Muitos não entendem porque tatuei um coração feito de duas notas musicais no braço direito. Afinal, eu não sei tocar nenhum instrumento musical e muito menos levo jeito para cantar. A questão é que minha vida é um disco sem fim, um mp3 com músicas que não acabam, uma trilha sonora de um filme que ainda não terminou... E eu estou lá, cantando junto, dançando no ritmo da música e outras vezes dançando por estar fora do compasso,  to lá mudando de faixa, pulando, pedindo bis (ah já acabou?). Eu to lá decorando letras, recordando pedaços de mim em cada refrão. Eu coloco música para me inspirar, pra lavar louça, cozinhar alguma coisa, pra ficar deitada na cama pensando no que foi, no que é e tentando prever o que vai ser. Cada lugar tem uma música diferente. Cada pessoa tem uma canção que nos faz lembrar, ou quem sabe um cd inteiro. Eu não sou pagodeira, funkeira, emo, roqueira, música popular brasileira, internacional, alternativa... (Vamos parar com essa "obrigação" de querer classificar tudo?). Meu humor, ás vezes bossa nova, ás vezes rock'n roll, e nos intervalos eu sou a música que tocar... No youtube tenho uma lista de 141 vídeos - começando por Put your records on (...tell me your favorite song. You go ahead, let your hair down...) - que, cada um do seu próprio estilo, me encantam. Geralmente prefiro as performaces ao vivo, sem muito teatro, sem playback, a música alí do jeito que tem que ser, porque a vida é assim... Uma canção atrás da outra, com letras ou apenas um putz putz que depois de um tempo me deixa maluca, com direito a desafinos, mudança de estilo, pausas para descanso, mas sem stop, porque quando a música parar de vez, já não é mais música, já não é mais vida.
"Are we human?
Or are we dancer?"
(Human - The Killers)
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