quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Além da superfície...
 
Vontade de fazer não sei bem o que. Eu tenho tido uns pensamentos loucos ultimamente, eu tenho mudado tão de repente... Tento me convencer de que posso arriscar tudo. Ao mesmo tempo acho que já está na hora de acertar. Eu vejo alvos na minha frente a todo momento. Mas quantas flechas eu possuo? Isso é tão incerto. Ah minha nossa, como eu estou confusa. Espero estar pronta para ir assim que eu abrir meus olhos. O mundo gira tão rápido ao meu redor e eu tenho medo de ficar para trás. Será que existe vida fora daqui? É fim de tarde, o sol se põe e eu preciso correr. Por quantos planetas podemos percorrer sem voltar para o mesmo lugar? Parece que eu terei que descobrir isso sozinha. Você tem outros planos. Nem menos, nem mais importantes - apenas seus planos - enquanto eu sinto uma força dentro de mim, que me faz querer as loucuras mais belas e doces do mundo. Faça me apenas sorrir que eu sigo a canção. A minha canção preferida que está tocando em algum lugar. Eu só quero chegar até lá. E te contar que eu consegui, que eu dancei sem parar, sem cansar. Eu posso sentir toda aquela vontade saindo de mim, indo para a palma das minhas mãos. Uma vida que eu não posso deixar cair, na palma das minhas mãos. Disseram que já posso tocar o mundo, se eu quiser deixar de ser um sujeito oculto. Disseram que eu já poderia parar de me sujeitar a certas coisas. Bom, eu disse olhando para o espelho. Nada como uma conversa franca consigo mesmo - já que o mundo lá fora é mais superficial do que a gente pensa. Água rasa não preenche meu corpo inteiro. Superfície não me diverte. Se você me perder de vista, é porque estou mergulhando em algo que acredito. Se eu me perder, pelo menos acreditei em algo que me faz feliz.


"E o meu coração, embora finja fazer mil viagens, fica batendo parado naquela estação."
(Nando Reis)

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