Lost
"Have you ever been so lost?
Known the way and still so lost?"
Perdido
Eu estou fora de mim mesma novamente
Rosto pra baixo na porcelana
Me sentindo tão feliz, mas parecendo tão devagar
Partindo favores no chão
Grupo de meninas soqueando a porta
Tantos novos amigos meteorológicos, oooh
Você já esteve tão perdido?
Conhecia o caminho e mesmo assim se perdeu..?
Preso no olho de um furacão
Acenando lentamente como uma parada de representação histórica
Tão cansada dessa cidade me puxando pra baixo
Minha mae diz que eu devo voltar pra casa, mas
Eu não consigo achar o caminho, pois ele se foi
Então se eu rezar eu só estarei enviando palavras pro espaço exteriorVocê já esteve tão perdido?
Conhecia o caminho e mesmo assim se perdeu,
Outra noite esperando alguém pra me levar pra casa?Você sempre esteve tão perdido?
Existe uma luz
Existe uma luz
No fim da estrada
Eu estou empurrando todos por aí
Porque eu não posso mais sentir istoNão posso mais sentir isto
Conhecia o caminho e mesmo assim se perdeu
Outra noite esperando alguém pra me levar pra casaVocê já esteve tão perdido?
Você já esteve tão perdido?
Beijos perdidos!
Um comentário:
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.
Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post em abril de 2007 era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas que são únicas, singulares e a que não damos a menor bola porque não vêm com a etiqueta de seu preço. O que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes? É o que o mercado diz que você deve ter, sentir, vestir ou ser?
Essa experiência mostra como, na sociedade em que vivemos, os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detém o poder financeiro.
Mostra-nos como estamos condicionados a nos mover quando estamos no meio do rebanho.
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