sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A simplicidade das coisas me encanta. Aquela letrinha do meio da frase, aquele sorriso que você não consegue controlar, aquela conversa sem restrições de nós mesmos. Aquela fotografia que te transporta para outro lugar. Aquele barulho parecido com o mar, que te leva pra longe. Aquela resposta que te surpreende. A surpresa que algumas dúvidas lhe trazem.

Eu sou assim, metade urbana demais e metade hippie. Necessito da minha internet funcionando tanto quanto necessito de uma folga de corpo e alma em algum lugar que me deixe sem sinas e sinais. Preciso dos meus momentos sozinha tanto quando preciso de gente ao meu redor. Amo a cidade, tenho uma paixão - que não sei de onde veio - pela Av. Paulista. Ontem fui a um festival de cultura popular paulista aqui perto de casa, no parque do Trote. Aquele barulho artificial de passarinho me irritou, estou tão acostumada com barulhos de carros... Mas para compensar, comprei um objeto que faz um som parecido com um barulho da natureza do que não sei direito explicar. Só sei que até meu fígado sorriu. Como se a natureza inteira tivesse vindo até mim.

A vida é isso, um equilíbrio entre a terra e o asfalto, o branco e o preto (por que não um arco-íris inteiro?), entre quem somos e quem queremos ser... De um modo geral, bem simples - principalmente quando paramos de inventar tantas desculpas para si mesmo e aceitamos que gostamos de coisas distintas. Tanto de sol quanto de chuva. Tanto de beijos quanto momentos de solidão. Tantos de sorrisos quanto dias que é preciso tirar a lágrima engasgada da garganta. Não acho que ter personalidade seja sinônimo de andar com uma etiqueta pendurada, com um rótulo especificando se você é eclético, underground, pobre, rico, negro, branco, pirado,  careta... e um discurso que diz algo do tipo: "seja sempre feliz, despreze tudo que não for rock, fique bêbado em todas as festas que for, escolha sempre sorvete de flocos...". Nós podemos ser o que a gente quiser. Podemos fazer o que acharmos melhor... Então por que se limitar tanto? Por que censurar nós mesmos e os outros? Por que gostamos de complicar o que pode ser resolvido com um simples ato de espontaneidade?

 Quer um exemplo de auto censura? Repare só ao seu redor quanta gente reunida falando sobre o tempo, novela e injustiças desse mundo. Pessoas caladas com medo de serem mal interpretadas. Não estou dizendo que temos que sair por ai falando tudo que realmente pensamos, muitas vezes é melhor mesmo manter a boca fechada. Mas isso é para  os casos trágicos, digamos assim...rs. Não acho que deveria valer para bons sentimentos ou coisas que nos pertencem. Eu não estou te pedindo em casamento se eu disser que adoro sua companhia. Nem estou dizendo que te odeio, se eu tiver de mau humor e quiser ficar na minha. Entende? 


Simples assim!


Ps: As imagens abaixo são do Danilo Siqueira da qual sou fã do seu trabalho... 
Tanta simplicidade registrada... Já disse, isso me encanta 
=)





beijos mágicos e simples.



Um comentário:

Danilo disse...

!..um Post digno de ser lido em uma sexta-feira, simples assim encantará e despertará algo que dentro de muitos que lerem, pode estar dormindo em quem sabe enxergar que basta ser simples para ser verdadeiro...! belo post continue escrevendo que eu continuo lendo =D