“Existem muitos modelos na sua
frente, mas qual é aquele que é o seu?
E, ás vezes, o seu modelo é diferente de tudo que tem ai e você tem que criar um novo.
Então, quando eu pensei dessa forma, eu fiquei a vontade pra meter as caras,
errar e aprender com a experiência.”
E, ás vezes, o seu modelo é diferente de tudo que tem ai e você tem que criar um novo.
Então, quando eu pensei dessa forma, eu fiquei a vontade pra meter as caras,
errar e aprender com a experiência.”
(Wellington Nogueira)
Ao longo da vida nos apaixonamos
por várias coisas ou pessoas. Tudo nos transforma em algum aspecto. Basta estar
aberto para simplesmente estar ali, naquele momento, vivendo aquilo, aprendendo
com aquilo e compartilhando a si mesmo. Ao longo da vida, amadurecemos com
nossas paixões.
Olhando fotos antigas percebi o quando
me modifiquei devido à várias circustâncias e escolhas. A dança pela qual me apaixonei, a
terapia que ajudou no processo de ter paixão por mim mesma, o intercâmbio que
fez com que eu me apaixonasse pelos momentos, os lugares dos quais passei, as
pessoas das quais conheci... Foi um processo natural que hoje me faz perceber
que não só minha imagem mudou, mas também meu olhar para o meu mundo e para o
mundo lá fora.
No começo desse ano, eu resolvi
abrir os braços para uma nova paixão que fez uma diferença enorme em mim e ainda
faz: o mundo do clown (ou palhaço, enfim, chame como quiser). Eu resolvi fazer
um curso chamado “Um clown dentro de mim” do qual já escrevi bastante aqui no
blog, mas que hoje me trouxe uma sensação que eu não consigo explicar muito bem.
É quase saudade, mas não é, porque tudo aquilo ainda está dentro de mim, que me desperta vários sentimentos, me emociona e alimenta meu encantamento pela vida.
Muitas vezes vestimos máscaras
imaginárias para lidar com alguma situação ou simplesmente para se proteger do
mundo lá fora (ou do mundo de dentro), mas o palhaço coloca uma máscara para se
expor. Você pode pesquisar os diversos caminhos que o clown pode tomar, pode
assistir à milhares de vídeos. Seja Chaplin, Mr. Bean, Avner, Doutores da
Alegria, Jogando no Quintal, palhaço de picadeiro... Todos palhaços, todos inteiros,
todos imperfeitos de TÃO humanos. É isso que me encanta no palhaço, essa
coragem de ser TÃO humano. O palhaço é isso... É a aceitação do SER humano a partir de si mesmo.
O palhaço é “aquele cara” que
brinca o tempo todo com a tragédia. É lindo isso, é dolorido, extremo. Exige
doçura, inocência, 100% de entrega no presente e generosidade. Ta aí... Sou
grata pelo clown ter me ensinado entre tantas coisas, o que é generosidade.
Hoje acordei pensando nisso tudo...
Ps: Recomendo o documentário dos Doutores da Alegria (vídeo abaixo) para quem quer entender um pouco mais da essência do palhaço.
Para quem não sabe Wellington Nogueira (do qual eu tenho uma admiração enoorrrrme e tive o a honra de dizer isso a ele pessoalmente) foi o responsável por trazer o projeto onde artista especialmente treinados levam alegria a crianças internadas dando surgimento ao Doutores da Alegria.
“A gente não está acostumado a
pensar em alegria como um direito. A gente não está acostumado a pensar em
alegria como algo que a gente cultiva. Como algo que é importante na vida da
gente. E não é aquela alegria de ficar sorrindo, rindo o tempo todo. Muito pelo
contrário. É a alegria pelo fato de você estar vivo. E de você estar lutando.
Você ter desafios... É quando você sai da sua zona de conforto pra tornar
melhor uma situação para o outro. Para aquela criança, pra família, pro teu
entorno, pra tua comunidade... Parece que você está se desdobrando pra fazer
algo por alguém, mas na verdade, você ta crescendo, você está se tornando mais
potente e você está mais em contato com o teu potencial e isso é uma descoberta
tão bonita!” (Wellington Nogueira)
E ao final desse post eu descobri qual era aquela sensação
que eu não conseguia explicar e que não era saudade.
É gratidão.
beijos generosos, humanos e inteiros!
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