terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Na sombra da poesia.

Desacelero. Imploro por menos expectativas, por uma novidade qualquer. Sorrio e agradeço pelo o que já passou. Sinto saudades do que ainda está por vir. Talvez nós não tenhamos nascidos para ter pressa. Talvez nós sejamos mesmo meros mortais, caçadores das dores e amores do mundo. Um desejo simples de ir mais além. Eu nasci pra sentir (mesmo que nada - e sentir nada já é sentir). Nasci pra falar bobagens, ás vezes ficar calada diante de mim. Pra fazer poesia, e como disse a doce Adélia Prado, a vingança da poesia é ela ser maior que a gente. E a poesia me preenche, me esvazia, faz o que quer de mim. Aprendi a não me levar tão sério, mesmo quando a poesia me leva. Desembarco nos olhos o que me espanta. Através do coração enxergo o mundo. Meu mundo. Enxergo melhor no escuro. Vejo as estrelas que se escondem debaixo do sol. A lua que explodiu nas profundezas do oceano. Ás vezes é difícil fazer escolhas com as ondas quebrando sobre mim. Não há dia, nem noite, não há espaço para se prender à gravidade. Mas há tempo, ritmo, sintonia. Eu sou a sombra da poesia, e juntas, nós encontramos o caminho de volta. Eu procuro por alguma lembrança, mas tudo mudou de lugar. Eu queria a verdade, pois aqui está uma grande revelação. As palavras estão embaralhadas, algumas delas já nem rimam mais. Os versos já pertencem à outras estações. Há frio, há calor, não há como se proteger. A vida nos trás até aqui e nós só temos que experimentá-la. Um pedaço por dia, aprendendo a dividir. Será que algum dia ela nos será saciável? Que não seja. Que apesar de todo sentir, meus pulmões ainda percam o fôlego de vez em quando e que meu suspiro seja intenso a ponto de me fazer doerem os ossos, que a respiração seja diferente de todas as outras me permitindo saber o quanto sou forte a ponto de não me fazer tão resistente.

Eu mesma não entendo minha enormíssima paciência de ficar à toa, só pensando, pensando e sentindo.
Adélia Prado
beijos.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Florescendo...

Ela se apresentou com uma roupa que parecia esconder suas asas. Eu ainda acho que ela pode voar pelo jeito que ela girou, pelo modo que sorriu. Sua voz começou a se misturar com o ar que todas tentavam respirar. Tão bom quanto oxigênio. O que era escuro, se acendeu - tão suave como o vento. Tão forte como a intensidade de algumas coisas que sentimos. Um fôlego sem fim. Ela disse para eu sacudir meus demônios. Ela disse que eu tenho o amor, que as estrelas e a lua explodiram. Ela disse que nós estamos brilhando e nunca teremos medo novamente. Eu acreditei. Não tive outra alternativa que não fosse acreditar em cada verso que ela dizia, cantando, me encantando. De quem eu estou falando? De uma banda chamada Florence and the Machine que se apresentou no Summer Soul Festival na última terça-feira e me fez SENTIR. Não parecia verão. Parecia primavera, parecia que todas as flores desabrochavam naquele momento e que a noite poderia durar muito mais...


"E eu cansei desse meu coração sem graça
Então, esta noite vou arrancá-lo e recomeçar
Pois gosto de guardar minhas questões importantes
É sempre mais escuro antes do amanhecer
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
E é difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa
(...)
E estou condenada se eu fizer
E condenada se não fizer
Então, estou aqui para brindar no escuro
Do final da minha estrada
E estou pronta para sofrer
E pronta para ter esperança
É um tiro no escuro mirando direto na minha garganta
Pois eu busco pelo paraíso, pelo demônio em mim
Busco pelo paraíso, pelo demônio em mim
Bem, que se dane
Vou deixar acontecer comigo"
(trecho de Shake It Out - The Florence and The Machine)


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Outra teoria sobre o amor...

Tem uma coisa que ficou na minha cabeça. Um pergunta boba que fizeram ao John Mayer, porém com uma resposta que eu nunca tinha escutando antes. Perguntaram se ele teria um relacionamento amoroso com alguma fã. Ele disse "I don't know...", talvez não. Que não gostaria de namorar alguém que sabe todas suas músicas de cor, mas alguém que tenha umas cinco músicas dele sempre na playlist e que o considere bom ao invés de “o melhor que todos os outros”. Achei uma resposta inteligente e comecei levantei essa questão nos meus pensamentos distantes. Cheguei a conclusão de que não precisamos ser artistas para ter uma opinião parecida. É importante se relacionar com alguém que consideremos BOM (em qualquer coisa), é uma admiração saudável que nos deixa orgulhosos por ser o que somos. Mas considerar alguém “o melhor” é quase uma mentira, porque nunca saberemos se a outra pessoa é a melhor até conhecermos todas as pessoas do mundo. Ao mesmo tempo, é jogar um peso nas costas do outro com uma singela obrigação de se manter assim: deslumbrantes. A verdade é que o John Mayer, provavelmente, nunca se relacionaria comigo. Primeiro, porque ele não me conhece (um pouquinho de realidade faz bem neh!?). Depois, porque eu não consigo enxergar um defeito se quer nele e acho que me espantaria se encontrasse um. Eu só consigo ouvir suas músicas, vê-lo tocando guitarra no palco e achá-lo incrível. Sou fã - fazer o que? - mas fiquem tranquilos que eu não tenho poster, pasta com fotos, nem nada disso. Só um DVD e uma playlist com mais de 40 músicas, umas entrevistas e um show completo no Youtube. Isso é tudo que me resta. Eu me conformo. E acho que ele está certo em querer alguém com umas cinco músicas dele no celular. Eu sei disso porque já ouvi aquele frase manjada "você é tão perfeita" e soou falso, pesado, não convenceu. E mesmo eu não acreditando, deu um medo idiota e pequenininho de decepcionar. Afinal, uma hora ou outra a gente aparece de cabelo bagunçado, engasga numa frase, perde a hora, esquece do recado e se irrita com alguma coisa. Eu sei da verdade e acharia mais bonito se dissessem que meus defeitos são totalmente suportáveis.

  • Ps: Apesar de citar o meu querido Mayer no texto, deixo pra vocês o vídeo do Michael Bublé. Acabei de comprar o ingresso pra o show dele em abril, sem pensar que será numa segunda-feira, que se meus amigos não conseguirem comprar amanhã, eu irei sozinha, que a taxa de conveniência é um roubo... Apenas comprei, pois tudo isso é muito melhor do que não ir onde a gente realmente quer e fazer as coisas que a gente realmente gosta.
  • Ps - Assisti o filme "Pronta para amar" semana passada. Achei lindo e me arrancou umas lágrimas, pra varias. Tem um pouco a ver com o post acima. Fica a dica. 

beijos mágicos...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

DE REPENTE ME DEI CONTA DE QUE ONTEM PASSEI O DIA PROCURANDO POR ALGO QUE NÃO SEI O QUE É, nem do que se trata. Uma pista de como será amanhã. Algum indício de surpresa, eu não sei. Quanto mais eu procuro, menos encontro. Esse é o segredo? Você já teve uma sensação como essa? Tudo parece tão chato. Já tiraram as luzes coloridas das janelas e tudo voltou ao seu habitual. Hábitos demais. Eu só me lembro de que estou indo atrás de algo melhor. Eu só sei do que não quero e acho que isso é um bom começo. Mas olho para mim mesma e ás vezes grito "por favor, me deixe ir...". Como se eu chegasse num lugar que eu já estivesse muitas vezes e me sentisse perdida. Eu coloco as coisas no papel e fico pensando num jeito de fazê-las acontecer. Pode ser que esteja mesmo na minha cara, mas o que me incomoda é que eu não consigo sentir. Nenhum beliscão, nenhum arrepio, nada diferente de uma cólia bem leve uma vez ao mês. Nada real. Eu não consigo me surpreender com clichês, com adjetivos repetidos, com os programas da TV, acho que nem a Lady Gaga me surpreende mais, embora eu acho que ela seja uma grande artista. Tudo uma merda. Gente carente não me convence e gente sozinha me dá medo. Me perguntam quais são as novidades e eu não tenho nada pra contar. Eu só repito coisas. É patético. A verdade é que isso me deixa espantada. Por isso, ás vezes me calo. Passo a maior parte do tempo trabalhando e talvez trabalhar seja umas das poucas coisas que tem feito sentido. Pelo menos eu gosto do que faço, assim o tempo parece passar mais leve. Mas eu não quero ver o tempo passar. Eu quero mais, mais de mim. Mais confiança nesses olhos claros, que ultimamente piscam opacos, e mais vergonha na cara. Só diga que me entende. Só diga que entende isso que eu não sei explicar. Essa sensação estranha de sentir que eu não sinto. Confesse que, ás vezes, você também sente medo, se sente cansado(a), sente tédio ou também procura algo sem nome. Okay, eu me entrego, não sei o que eu quero, mas tenho algumas certezas. Não quero ser igual ao moço que quando perguntaram se o "caso de verão" ia virar namoro, ele respondeu: "Da minha parte sim, porque não sei ficar sozinho". Para o mundo de hoje, nada surpreendente. O mundo de hoje se surpreende comigo e com mais meia dúzia que não querem ouvir sertanejo, que preferem cafés, parques, até um bom barzinho e ambientes quentinhos ao pensar em boates lotadas com "putz putz" a noite toda. O mundo de hoje se espanta com aquele com poucos e bons amigos do que com aqueles que não saem da lista vip. (...)Não consigo pensar mais nada. 00:34 e talvez eu só precise fechar os olhos dormir um pouco e tentar de novo. 


sábado, 14 de janeiro de 2012

Um outro jeito de respirar.

Martha Medeiros. John Mayer. Steve Jobs. O raio do David Bowie. Abraço. Tropeço. Danilo Gentili. Sophia Grace e a Rose também. Leonardo Da Vinci. Michelangelo. Solidão. Companhia. Abraço apertado. Criança esperta. Tartaruga, cachorro, gato. Revista Bons Fluidos. Música árabe. Filmes. Gandhi. Dalai Lama. Buda. Fotografia. Chegadas e Partidas. Loucura. Fuga da rotina. Válvulas. Ajustes. Concertos. Desconcertos. Caminhos. Calvin & Haroldo. Charlie Chaplin. Friends. Uma boa noite de sono. O barulhos das ondas do mar. Lembranças. Cameron Dias cantando parte de "Mr. Brightside" em O Amor Não Tira Férias. Um bom show. Avenida Paulista. Ponte Brooklyn Bridge. Coldplay. U2. Tantos outros na falta de ninguém. Todo mundo. Angelina Jolie. Palavras. Falta de palavras. Bolhas de sabão. O blog da Fernanda Mello. Medo. Coragem. Contradição. O Teatro Mágico. Improviso. Uma cor nova de esmalte. Creme da Victoria's Secret. Petit Gateau.Versões. O raio do David Bowie. Nalu pelo mundo. Noite, logo antes de dormir. Meus amigos e gente que nunca vi.
Reticências, muitas reticências... 

Fora de ordem ou não. Tudo nessa vida pode ser uma gota de inspiração.
Ás vezes é tão automático como o respirar (nosso pulmão agradece).
Nos faz transcender, nos mantém vivos, mais vivos. 
Nos faz expirar o que já perdeu o verbo, o sujeito, o sentido e a graça.
Inspirar-se é se mover por dentro.
É revitalizar os órgãos, reconquistar a mente, fazer poesia mesmo que não tenha rima. 
É olhar pra vida enquanto ela passa. É quase um flerte.
Você gosta. Na verdade, adora. E quer mais.



boas inpirações...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Quando a gente está sozinho...

Quando a gente está sozinho, não temos hora pra chegar, nem telefone pra ligar mesmo quando não se nada pra falar. A gente vê comédia romântica sem medo e dá mais risada. A gente ouve música sem pensar em nada. Quando a gente está sozinho, não temos hora marcada, temos o sábado a tarde pra fazer a unha, cabelo, maquiagem, ou simplesmente dormir e ficar desarrumada. A gente anda despreocupado, tem menos paranóias, mais tempo, mais espaço - o que pode ser bom ou ruim. A gente escreve e fala mais sobre outras coisas. Lemos mais horóscopo, lemos mais livros. Vamos a mais shows. Gastamos menos (conseguimos?). Em conversas de casais, acabamos falando do ex ou saímos da conversa. Quando a gente está sozinho, é mais paladar, menos tato, mas a gente sente do mesmo jeito. Depois de um tempo, que não é muito tempo assim, é menos saudade, mais desapego. E estar sozinho, contraditoriamente também é estar com tantas outras pessoas ao redor. Quando a gente está sozinho, trocamos mar por rio. Guitarra por violão. Trocamos a paixão por novos amores o que não precisa ser necessariamente uma pessoa. E mesmo assim, ás vezes, temos o pensamento idiota de que não sabemos amar depois que te perguntam "por que você está sozinha?". Quando estamos sozinhos temos que alimentar o ego, nos alimentar sozinhos e ainda lavar a louça. Temos que esperar pela próxima estação. Muita gente se assusta com a solidão, porque quer ter sempre uma novidade, um status, um apoio para o que é e não é, uma vida mais agitada, sei lá. Eu acho que até sei lidar bem com isso e até gosto de certa calmaria, mas quando a gente está sozinho, não tem ninguém pra virar seu mundo de cabeça pra baixo, dizer que a vida tem outra versão, pra sorrir quando o dia está nublado e te colocar debaixo do guarda-chuva.


"Eu custo a suportar a banalidade do meu ser. Eu custo a aceitar uma relação como a que qualquer um poderia ter. Eu seria mais feliz se eu não me achasse melhor do que a minha vizinha. Mas eu sou infinitamente melhor que ela. Eu e minhas crises de ansiedade somos seres solitários, arrogantes e multiplicados por megalomanias. São mil vezes cem anos de análise e nada. Eu continuo me achando melhor que o amor igual e idiota que se oferece por ai. Melhor do que os casais e seus dilemas de festas de finais de ano e seus sonhos de vestidos brancos e seus cachorros e sacadas de predinhos neoclássicos e planos médicos familiares. Chato, chato, chato. 
(...)Um dia o meu amor verdadeiro chegará e será diferente de tudo isso e nós vamos chorar de emoção por ter valido a pena não sangrar até a morte nos insistentes e rotineiros momentos de angústia e nada e vazio e solidão e inconformismo." 

- Trecho do texto "Meninos de costas" por Tati Bernardi


beijos
T.C

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Bonequinhas vivas (luxo grátis)


"Não tenho nada a ver com explosões, diz um verso de Sylvia Plath. Eu li como se tivesse sido escrito por mim. Também não faço muito barulho, ainda que seja no silêncio que nos arrebentamos.
(...)
Me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito me perdoei. 
Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. 
Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, 
onde não me enxergo, mas me sinto. 
Minto, tenho tudo a ver com explosões."

(Martha Medeiros)


Passam-se décadas e elas conseguem ser tão grandiosas como uma fotografia preto e branco. Cheias de simples detalhes. Um glamour que dispensa diamantes ou outra jóias qualquer. Olhe nos olhos delas. Elas fingirão timidez - talvez até pra si mesmas - mas brilharão por dentro fazendo a alma se despir. Elas brilham na sua cara, sem querer - ás vezes querendo - e você vai adorar.  Incertas. Cheia de pecados. Perdoadas por si mesmas. Elas escondem o excesso, mostram o mistério. No final das contas, é um verdadeiro desperdício se esconder, elas sabem. Várias, misturadas, num só ser. Um strip tease que vai muito além de tirar peças de roupas, como se o espelho não julgasse e a sociedade não condenasse. Mas o efeito é o mesmo. Você descobre segredos. Um som estranho quando elas riem, uma marca de nascência, uma celulite linda em alguma parte da perna, uma careta ocasional, uma obcessão por outros lugares. Apreciam bons modos. Elas deixam a Barbie com baixa autoestima. São edições limitadas - na verdade, únicas - sem muitos limites. Elas te fazem propostas indescentes, como por exemplo, comer brigadeiro de panela numa sexta a noite ou, quem sabe, se apaixonar. Elas já pensaram em desistir, em revidar, mas não podem se vingar de si mesmas. Elas já pensaram em ser boazinhas, mas preferem ser boas. Elas preferem ser.


Essa semana o filme "Bonequinha de Luxo" completou 50 anos. O filme conta a história de uma bela jovem independente e festeira, que ganha atenção de homens influentes nova-iorquinos sem envolver-se emocionalmente, até encontrar um escritor quebrado, por quem acaba se apaixonando. Um clássico que todos deveriam assistir. Um clássico que se repete durante anos. Todo o charme de Audrey Hepburn como Holly se repete em vários rostos, com outros desejos, outros desapegos e outras curas. As nossas alegrias e sofrimentos tão luxuosos, se mantém.
Caso você se questione porque me refiro a "elas" no texto acima, é simples. Elas, bonecas com vida própria - nem sempre luxuosas. Também elas, que eu encontro no espelho (onde, ás vezes, algumas coisas se transformam como mágica).

beijos luxuosos.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012


Valente Como o Amor (Bold As Love - John Mayer)

Raiva, ele sorri, defendendo-se em uma armadura roxa brilhante e metálica
Rainha ciúmes, a inveja espera atrás dele
Seu ardente vestido verde zomba sobre o chão gramado

Azuis são as águas revigorantes tomadas por certas,
Elas até que entendem
Uma vez felizes exércitos turqueza se situam opostos e prontos,
Mas imaginam a razão da luta acontecer

Mas eles todos são valentes como o amor, sim, eles todos são valentes como o amor
Sim, eles todos são valentes como o amor
Apenas pergunte ao áxis

Meu vermelho é tão confiante que ele faz brilhar troféus de guerra e
Fitas de euforia
O laranja é jovem, cheio de audácia,
Mas muito inseguro na primeira visita
Meu amarelo nesse caso não é tão maduro
Na verdade, eu estou tentando dizer que ele é tão assustado quanto eu

E todas essas emoções minhas continuam me segurando, é,
Entrego minha vida para um arco-íris como você
Mas eu sou, eu sou valente como o amor
Sim, sim
Sim, eu sou valente, valente como o amor
Eu sou valente como o amor
Apenas pergunte ao áxis
Sim, sim, sim...


domingo, 1 de janeiro de 2012

Quando tudo é comparado a nada.

Eu nem sei mais o que desejar. Eu tenho que me decidir agora? Como eu posso querer algo que eu ainda não vi ou não inventei, ou nunca senti? Mais visões e menos idealizações, por favor. Sem excessos. Sem essa de querer tocar fantasmas. Isso não é um desejo, apenas um pedido educado para minha razão. Sabe o que é? Eu não quero mais me enganar com promessas de Ano Novo que eu nunca vou cumprir. Eu continuo querendo mais, mas não quero mais me enganar fingindo que tudo que quero possui um nome. Ontem eu me ajoelhei, encostei minha cabeça no chão e pensei em mim, mas não sei o que eu estava pensando. Minhas pernas ainda doem pelo caminho que trilhei, mas eu sou a única que pode sentir. Minha boca ainda sorri pelas alegrias que vivi, mas eu sou a única que posso ver. Depois veio o resto do mundo. Raios de sol. Explosões que saiam de dentro de nós e iluminavam o caminho. Depois, mais nada. Nada e ao mesmo tempo, tudo. É o que nós temos agora. É legal quando fazemos coisas e não as comparamos a nada. Quando você consegue fazer algo que não seja nem melhor nem pior que nada. Talvez devêssemos enxergar as pessoas que passam por nós e os momentos que vivemos de maneira mais criativa e de um modo mais único. Comparando tudo a nada. Já se passaram alguns meses a mais de 21 anos e eu já consigo perceber que comparar demais as coisas não faz tão bem quanto parece, que é bem mais divertido quando as coisas são como simplesmente são.
Mas afinal, que coisas são essas?
-Nada demais. Tudo.
-