domingo, 14 de dezembro de 2008

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"E quando me encontrar, por favor, me reconheça..."
(Barão Vermelho)
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Odeio julgamentos. Não serviria para ser advogada. Sempre encontro o outro lado das coisas. E num dia desses encontrei você. Divido-me ao meio. Quero. Não quero. Tento disfarçar os erros. Me aperto. Me reviro. E aqui estou. Atacando e me defendendo de você. E você ainda não me fez nada. Então, eu te peço... Faça. Faça-me cócegas com o seu olhar. Eu quero rir até soluçar. Até eu pedir para que você páre e arranjarmos outra coisa para que o tempo passe, e a gente fique. Faça-me sentir tudo que eu não consiga explicar. Tudo que você também não consiga explicar com suas demonstrações planejadas ou não. Desafie meus planos. Me encontre por engano. Me deixe louca. Isso mesmo. Estou cansada de ter uma vida normal que me come, me mastiga e me cospe ao fim do dia no meu quarto. Tenho um relógio sem ponteiros, mas com hora marcada. Jogue-o fora pra mim, sem pedir licença. Não peça licença. Apareça agora e depois, e depois. Não toque a campahia. Grite meu nome. Reconheça-me mesmo quando conhecer um defeito meu. Conte-me uma história bonita, mesmo sabendo que eu não vou dormir com você. Não tente ser perfeito, eu desconfiaria das suas palavras com desconfiaria das suas imperfeições. Me trate como uma rainha, mas não queira me prender na torre do seu castelo. Sei voar. Tenho asas - ás vezes de anjo, ás vezes dragão. Também ser a madrasta desses contos baratos. Não me convide para entrar. Pegue a minha mão e leve-me. Só não tampe meus olhos, caso eu queira voltar.

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