Recriei!
Agora o Espelho tem outro sentido.
Olha lá: https://www.facebook.com/EscrevendoNoEspelho
Espero que gostem!
Beijos
... Espelho Mágico ...
terça-feira, 16 de julho de 2013
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
O espelho não faz mais sentido.
Mal consigo escrever esse post de encerramento. Quase não tenho palavras, por mais estranho que isso pareça. Parei de querer dar sentido às coisas e principalmente a mim mesma. Hoje, apenas sinto a vida de outra forma.
Muitas vezes usei esse blog como desabafo, um grito, uma recompensa... Sensações escondidas nas entrelinhas. Não consigo mais me esconder, mesmo que seja pra dizer que conservo meu direito de ficar calada e viver as coisas das quais acredito. São minhas causas. Minha vida. A minha verdade.
Esse blog, como tantos outros, inconcientemente acaba colaborando para o perigo de uma única história. Acreditar em uma única história é acreditar que a África só é feita de pobreza, que para ter uma refeição saudável você precisa comer arroz e feijão todos os dias, que as loiras são burras, que psicólogo é coisa de louco, que todos os estados dos Estados Unidos são iguais e assim por diante... E quando alguém acredita que eu sou somente aquela que escreve, ou aquela que amadureceu, ou aquela que fez tudo diferente, as pessoas estão acreditando em uma única história.
Mal consigo escrever esse post de encerramento. Quase não tenho palavras, por mais estranho que isso pareça. Parei de querer dar sentido às coisas e principalmente a mim mesma. Hoje, apenas sinto a vida de outra forma.
Muitas vezes usei esse blog como desabafo, um grito, uma recompensa... Sensações escondidas nas entrelinhas. Não consigo mais me esconder, mesmo que seja pra dizer que conservo meu direito de ficar calada e viver as coisas das quais acredito. São minhas causas. Minha vida. A minha verdade.
Esse blog, como tantos outros, inconcientemente acaba colaborando para o perigo de uma única história. Acreditar em uma única história é acreditar que a África só é feita de pobreza, que para ter uma refeição saudável você precisa comer arroz e feijão todos os dias, que as loiras são burras, que psicólogo é coisa de louco, que todos os estados dos Estados Unidos são iguais e assim por diante... E quando alguém acredita que eu sou somente aquela que escreve, ou aquela que amadureceu, ou aquela que fez tudo diferente, as pessoas estão acreditando em uma única história.
"Quando nós rejeitamos uma única história, quando percebemos que nunca há apenas
uma história sobre nenhum lugar, nós reconquistamos um tipo de paraíso".
( Chimamanda Adichie)
Se eu usei esse blog com o intuito de convencer as pessoas que sou mais que uma única história? Sim. Se eu continuarei a fazer isso? Não. Muitas vezes, quando nos justificamos demais, fazemos isso mais para nos
convencermos do que estamos dizendo do que para compartilhar com o
outro.
Eu não venci todos os meus medos e ainda não alcancei todos os meus objetivos, mas não será aqui que irei fazê-los. Os dias mudaram de forma, algumas pessoas - me incluindo - sairam de um porta retrato e começaram a ganhar vida própria.
Num exercício constante, reaprendemos a andar, a falar, a colocar os valores da nossa vida no lugar. É preciso dedicação. Por isso abandono o espelho, o superficial, as palavras que camuflam, esse blog que alimento desde os 17 anos. Porque quase aos 23, vejo que meu olhar mudou, não faz mais sentido ser como era antes. Inevitavelmente a gente muda, a vida muda, pessoas mudam... E esse blog foi ficando mudo. Antes olhava tanto para fora e tentava entender, mas essa parte de mim chegou ao fim. Hoje olho para dentro e consigo sentir.
Fim
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Era uma vez uma tempestade. Nunvens escuras refletidas nos seus olhos. Era só você ali. Em uma tentativa de fuga, descobrindo que não pode sair de si. Era só você ali e a chuva caindo sobre seu rosto, mas a sua alma foi a primeira a ser atingida. Você precisou desaguar, seguir a correnteza. Você abriu os olhos e se deixou levar. Então uma luz se acendeu por dentro. Você ainda estava viva. Viu que estava brilhando como um diamante ao olhar seu reflexo na água e já não sentia medo da tempestade. Você deixou a água molhar seu sorriso, você não quer mais fugir. Uma luz está acesa ai dentro, você sabe. Ás vezes você pode olhar para o céu e brilhar mais que a tempestade.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
365 em 1?
Agora a pouco estava fazendo a sobremesa e temperando a carne. Bebi uma taça de vinho e resolvi escrever esse texto. Pois é. Já é reveillón! Tanta coisa aconteceu que quando paro para pensar, chego até a ficar tonta (mentira! Fiquei meio tonta por causa do vinho mesmo! rs). A questão é que muita coisa mudou. Muita coisa se desfez e muita coisa melhorou. A vida é assim... Cheias de supresas boas para quem tem coragem e embarcam nessa viagem, mesmo sem saber onde se vai chegar! A vida, na verdade, não é o destino e sim a trajetória. Quando se está lá, melhor mesmo é aproveitar. Os que têm medo, passam a maior parte do tempo se agonizando pelo o que a vida poderia ter sido. Por isso, é muita hipocrisia erguer uma taça de espumante e brindar a um 2013 maravilhoso se você não moveu um dedinho, uma respiração mais profunda, uma hora a menos de sono para enfrentar algum medo ou lutar para ser alguém melhor (de verdade!).
Sinceramente, não acredito que apenas uma noite vá renovar muita coisa, então não tenho uma lista de desejos. Porque, o que você realmente quer, uma hora ou outra, acontece. Hoje é só um dia que deve ser comemorado como tantos outros. Renovar a alma, pensamentos e desejos devem acontecer durante os 365 dias e é assim que construimos nossa história.
Que tenhamos coragem de (continuar a) ser quem somos em 2013 em diante...
beijos
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
O dia do casamento.
Ano passado eu argumentava para minha avó porque não queria me casar cedo (porque eu estava solteira? hehehe). Aqui estou eu, com status do Facebook alterado. Muita gente não entendeu nada e deve ter pesado que rolou cartório, véu e grinalda... Incrível como o mundo moderninho ainda é tão padronizado.
Sei lá, até gosto de um pouco de glamour, mas acho que nunca pertenci a esse mundinho de quem sonha em entrar num altar de branco e fazer questão de um novo sobrenome. Não critico quem faça isso. Gosto não se discute e muito menos sonhos. Eu só acho que fazer igual a todo mundo, nem sempre é o seu jeito mais verdadeiro de fazer as coisas.
E eu, ah eu ganhei na loteria... Quando vi, eu estava vivendo ao lado do homem que faz com que todos os meus dias sejam especiais. Acreditem se quiser, mas foi assim... E eu não vou abrir mão disso porque a sociedade cobra que as pessoas definam seus pares por volta dos 25 e 30 anos. Eu, que nunca me senti muito a vontade com a "sociedade", hoje, com 22 anos, não acho que o amor tenha que acontecer por questão de conveniência (foi uma honra ter me apaixonado pela convivência!), por isso, caso sim - do jeito que eu quiser - e se duvidar, ainda compro uma bicicleta!
*
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
O encantamento das coisas.
Acho bonito esse clima de Natal. A avenida Paulista já está enfeitada, embora eu ache que nos outros anos estava mais "caprichada". Fiquei um pouco decepcionada ao ver que nos anos anteriores o Bradesco Prime estava inteiramente enfeitado e esse ano, nada, nadinha, nenhuma bolinha colorida. Contudo, não vou escrever esse post para julgar quem quer entrar no clima ou não. O que quero mesmo dizer, pode parecer bobagem, vou logo avisando...
A gente sabe que Papai Noel não passa de um homem passando um puta calor naquela roupa que, aliás, foi feita para o clima de inverno. A gente sabe que bolinhas coloridas não dão em árvore. Que a neve não é neve. Que o boneco de neve também não é feito de neve. Que renas... Alguém ai já viu renas de verdade? Mas e daí? A cidade está enfeitada. O comércio uma loucura. Pessoas fazem planos e reclamam do preço do peru. Vai ser sempre assim. Na minha opinião, bem melhor que carnaval onde a cidade fica enfeitada e tudo uma loucura a troco de nada. Pelo menos no Natal a gente ainda pode ver uma coisa que, infelizmente, se torna cada vez mais rara... Podemos observar que as pessoas ainda podem se encantar!
E o Natal é apenas um pretexto para como anda a sensibilidade alheia. Há quem se faça de durão, mas fica tirando fotos dos enfeites. Há quem seja tomado pela realidade fria e ache que essa época é ilusão demais. Há quem seja levado pela tradição e nem saiba mais porque está no meio desse clima todo. Mas ainda há quem ainda acredite em desejos, em amores, em pequenos gestos, em abraços e ainda apossua uma leve crença no ser humano... Geralmente são as pessoas que exercem isso o ano todo. Quem julgam menos, que vivem mais. Que passam o ano todo tentando ser melhores ao invés de ter invejinha e fazer picuinha.
Tenho uma teoria meio maluca de quem ainda tem capacidade de se encantar, pode fazer a diferença nesse mundo. Pois essas pessoas sabem que uma vida sem um "querer mais" não tem sentido. Que passar um ano sem ter conquistado algo ou ter evoluído nem que for um pouquinho, interiormente, é um ano perdido. Essas pessoas possuem o Natal dentro ali no peito, e encontram sentido até para o que, aparentemente, não existe. Elas acreditam em ideias e as fazem existir. Essas pessoas possuem brilho nos olhos e sabem enxergar quando a vida resolve lhe dar um presente.
Eu tenho orgulho em dizer que sim, gosto de Natal, da avenida Paulista enfeitada, gosto dos fogos de artifício do ano novo... Gosto das cores, das luzes, da neve... Acho bonito mesmo sabendo que tem todo ano, que é tudo de mentirinha. Mas e daí? O filme que me emocionou ontem não era real, a música que gosto sei lá como foi produzida, o texto da Martha Medeiros nem sei quando foi escrito, mas está ai, também me encantando... "Não era a chegada do Papai Noel, não era a inauguração de uma loja, não era show dos Rolling Stones, não era nem mesmo atraente, umas faíscas vermelhas e verdes que eram quase como sinais de transito que tivessem sofrido um curto circuito, mas eram fogos de artificio, e o motoboy não conseguiu se mexer, ficou estático e emocionado olhando aquilo como se estivesse vendo a Ana Hickman nua ou o lançamento e um foguete: vidrado, encantado, hipnotizado como a gente deveria às vezes ficar diante do inusitado."
Neste ano, meu Natal será um pouco diferente. Embora haja em mim uma sensação de divisão, me sinto mais completa. Não poderia estar mais grata e alegre pelo presente que a vida me deu e que me encanta todos os dias.
Enfim, desejo que neste Natal você também possa estar ao lado
de pessoas encantadoras e encantadas!
Beijos
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
A sorte de cada um...
Há quem diga que sorte é ganhar na loteria, ser sorteado em uma promoção, fazer cartela cheia no bingo, acertar na rifa ou achar dinheiro na rua. Outros dizem que sorte é escapar de um acidente, é sobreviver depois de um acidente, é não ser assaltado, é desviar, inconscientemente, da merda na calçada.
Também pode ser que sorte seja arrumar um bom emprego, encontrar um amor sem querer ou se livrar daquele que você achava ser o amor da sua vida, é conseguir ingressos para o show da sua banda favorita.
Você pode ter sorte quando está passando um perrengue em outro país e achar alguém que te ajude em português, quando não fica esperando muito tempo, quando não perder a hora, o ônibus, o controle.
Figa, pimenta, ferradura, pé de coelho, trevo de quatro folhas, elefante com bunda virada pra porta, cristal na janela... Um punhado de sorte em liquidação! Mas não adianta... Muita gente só enxerga a sorte quando passa pela possibilidade de estar na falta dela. Então, sorte é uma faca de dois gumes? É a notícia boa que vem depois do quase ou a notícia boa que vem sem se esperar? Sorte é notícia boa e ponto. E qual é a boa de hoje?
Quer mais sorte? Melhor começar a mudar seu modo de enxergar a vida. Olha aí, apesar das notícias do jornal, tem tanta coisa boa acontecendo todo dia... Gente que reclama demais espanta sorte, sabia?
Considero-me sortuda por vários motivos que poderei contar outra hora, mas ontem, estava caminhando em direção ao metrô e pensando na sorte, no que ela significa para cada um. Encontrei várias perguntas como puderam perceber, e para todas elas, uma única resposta dita por Guimarães Rosa: "Sorte é isso: merecer e ter!"
Boa semana e boa sorte para nós!
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Acho que uma das piores sensações do mundo é começar a achar que ser o que somos não é o suficiente e começar a nos violentar psicologicamente a fim de parecer mais do que somos.
Aconteceu comigo. Foi semana passada. Sai de um lugar achando que não tinha cumprido meu papel, mas tinha. Sai de lá achando que não tinha sido perfeita, mas eu nunca serei perfeita. Sai de lá achando que deveria ter sido uma super mulher, mas eu sou apenas humana.
Ai vem a vida e nos mostra que precisamos ser apenas nós mesmos.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Uma vida para chamar de sua.
Levo uma vida normal. Não faço novela, não saio em revistas, nem dou declarações bombásticas. Não acho que tenha muita gente acompanhando minha vida. Escrevo esse post simplesmente porque prezo por um mundo onde as pessoas se superem, sigam em frente, com próprias novidades e uma vida para chamar de sua.
O tempo passa muito rápido para vivermos vidas que não são nossas e das quais não fazemos mais parte.
Quem nunca bisbilhotou a vida alheia que atire a primeira pedra. Não sejamos hipócritas, mas também não sejamos doentes. É saudável ver fotos dos amigos, da família, da festinha que rolou no fim de semana. Afinal, está ali na timeline, não é mesmo? Uma espiadinha, como diria Pedro Bial, não faz mal a ninguém. Mas, sinceramente, não entendo essas pessoas que perdem minutos ou, quem sabe, horas do próprio dia procurando (procurando mesmo! Vai lá, digita nome, clica no link, vê conversas inteiras, blá blá blá...) por uma novidade alheia, só para traçar um plano de suposições e jogar uma praguinha. Isso não é sacanagem e uma puta falta do que fazer? Que tal transferir toda essa curiosidade para um aprendizado novo? Que tal gostar mais de si mesmo(a) e dar mais importância para a própria vida? Enfim, são só conselhos...
Meses atrás, uma pessoa teve a ousadia de dizer que eu não estava tão feliz, afinal, ele acompanhava constantemente meu blog e tinha chegado a essa conclusão. Surpresa! Eu estava (e continuo) numa fase super feliz da minha vida, tão de bem comigo mesma que expor isso ou não, não faria diferença alguma. Afinal, as pessoas que realmente me importam e que se importam comigo estão ao meu lado e não presas numa página online.
Já a pessoa que me acompanhava tanto pelo blog quanto pelas redes sociais acabou se entregando nessa suposição fracassada. Estava ali, implorando por uma atençãozinha, tentando fazer parte de algo do qual não cabia mais, esperando que eu fosse dar uma significância para aquilo tanto quanto ele dava, pedindo para que eu olhasse a vida dele tanto quanto ele olhava a minha (ou achava que olhava...). Se ele voltasse a atenção dele para si mesmo, descobriria que estava sendo "meio" patético (Sim, se todos os stalkers voltassem a atenção para as próprias vidas, ficariam assustados e se perguntando: "O que estou ganhando com isso?").
Já a pessoa que me acompanhava tanto pelo blog quanto pelas redes sociais acabou se entregando nessa suposição fracassada. Estava ali, implorando por uma atençãozinha, tentando fazer parte de algo do qual não cabia mais, esperando que eu fosse dar uma significância para aquilo tanto quanto ele dava, pedindo para que eu olhasse a vida dele tanto quanto ele olhava a minha (ou achava que olhava...). Se ele voltasse a atenção dele para si mesmo, descobriria que estava sendo "meio" patético (Sim, se todos os stalkers voltassem a atenção para as próprias vidas, ficariam assustados e se perguntando: "O que estou ganhando com isso?").
"Vá.
Fale mal do mundo enquanto eu faço versos.
Investigue a vida alheia. Faça calúnias.
Invente histórias em que você não está.
Vá!
Mas vá logo!
O que te espera de si? Flores, perdão...
Ou um sentimento barato pra se enfeitar?
Vá.
Fale mal de mim enquanto eu faço versos.
Queixe-se da vida. Culpe o outro. Beba algum veneno forte.
Engula uma verdade sem rir. Insulte alguém feliz.
Meu coração tão leve - daqui - te sente:
Tanta falta de amor por si mesmo, porquê?"
(Fernanda Mello)
Levo uma vida normal. Não faço novela, não saio em revistas, nem dou declarações bombásticas. Não acho que tenha muita gente acompanhando minha vida. Escrevo esse post simplesmente porque prezo por um mundo onde as pessoas se superem, sigam em frente, com próprias novidades e uma vida para chamar de sua.
O tempo passa muito rápido para vivermos vidas que não são nossas e das quais não fazemos mais parte.
Por um mundo onde as pessoas se valorizem mais!
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Dia de SER grande!
Dia das crianças está ai. Viva o feriado na agenda (mãe, já tá chegando?) e viva o doce, o simples, o presente e presentes, o brilho nos olhos, a surpresa, as risadas gostosas, um querer sem fim, a falta de preocupação, a falta de classificação, a capacidade de descobertas, de se encantar e celebrar sem medo.
Vem cá. Vou te contar um segredo: Quem não sabe ser criança, não cresce, sabia? E tem mais... A gente cresce e continua aprendendo a ser criança, porque criança não sabe ser ninguém além de si mesma.
E se formos nos dar um presente nesse dia 12, que seja um pouco mais de presente, no sentido temporal do agora. Afinal de contas, criança não vive em outro lugar a não ser no agora. Isso faz com que cada encontro, cada descoberta, cada novidade tenha uma importância muito grande e única, porque tudo que existe é agora. Exercer a criança que existe em nós, é exercer nosso olhar mais simples e sincero diante das coisas. É coragem de se reinventar sem abandonar quem realmente você é.
Vem cá. Me responde: O que te faz feliz? Se você pensou em algo parecido com um abraço, um sorvete, bolhas de sabão, andar descalço... Parabéns! Você ganhou uma estrelinha no caderno e o certificado de que possui sorte na vida.
"Um adulto infantilizado? Não, isso é patético.
Na verdade, é essa capacidade de olhar o cotidiano e se encantar"
(Wellington Nogueira)
Na verdade, é essa capacidade de olhar o cotidiano e se encantar"
(Wellington Nogueira)
*
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Nunca subestime o poder do "Eu gostei disso!"
Ri quando assisti ao vídeo abaixo do John Mayer falando sobre relacionamentos amorosos. Ri porque achei exagerado e ri porque achei que aquele exagero faz um pouco de sentido... Então resolvi escrever por aqui.
É aquela velha história de que tudo que é demais, sobra. Ditados populares não existem por acaso. Mas gostaria de abordar uma diferença que acho importante. O que difere o demais do muito.
Demais realmente sobra. Sobra porque incomoda, suga, invade, não cabe, assusta. Agora, muito é bom. É algo a mais (não demais). É um alívio perceber que o que você sente não é aquela coisa sem graça, morna, mediana, que não faz diferença nenhuma, porque muito é aquilo que preenche, completa.
Na teoria distinguimos bem. Okay. Até John Mayer é bom na teoria. Na prática, pode ser um pouco mais difícil. Somos humanos. Isso que nos faz tão atraentes. Pode ser que estejamos bobos, encantados, empolgados que simplesmente, por algum milésimo de segundo, achamos que “muito” e “demais” são a mesma coisa e saímos correndo por ai, atropelando quem está na nossa frente e nos atropelando principalmente.
Por isso, gosto do que o John disse no final: “Nunca subestime o poder do ‘Eu gostei disso!’”.
É sempre bom lembrar da importância de gostar das coisas como elas são. Bom olhar pra dentro e perceber a diferença daquilo que realmente gostamos ou que queremos gostar. Bom saber que isso realmente faz a diferença.
Não subestimar o poder de "Eu gostei disso!" ou "Eu gosto disso" é o mesmo que fazer questão de ser sincero consigo mesmo desde o início, o que já é um bom começo...
Quanto a música do vídeo acima, eu gosto, mas prefiro essa do vídeo abaixo...
Acho que combina mais com o texto ;)
"Amor é um verbo
Não é uma coisa
Não é algo que você possui
(...) Amor é um verbo
Amor não é uma coisa
Amor é um verbo"
*
terça-feira, 25 de setembro de 2012
A paixão (d)o clown ...e a gratidão.
Para quem não sabe Wellington Nogueira (do qual eu tenho uma admiração enoorrrrme e tive o a honra de dizer isso a ele pessoalmente) foi o responsável por trazer o projeto onde artista especialmente treinados levam alegria a crianças internadas dando surgimento ao Doutores da Alegria.
“Existem muitos modelos na sua
frente, mas qual é aquele que é o seu?
E, ás vezes, o seu modelo é diferente de tudo que tem ai e você tem que criar um novo.
Então, quando eu pensei dessa forma, eu fiquei a vontade pra meter as caras,
errar e aprender com a experiência.”
E, ás vezes, o seu modelo é diferente de tudo que tem ai e você tem que criar um novo.
Então, quando eu pensei dessa forma, eu fiquei a vontade pra meter as caras,
errar e aprender com a experiência.”
(Wellington Nogueira)
Ao longo da vida nos apaixonamos
por várias coisas ou pessoas. Tudo nos transforma em algum aspecto. Basta estar
aberto para simplesmente estar ali, naquele momento, vivendo aquilo, aprendendo
com aquilo e compartilhando a si mesmo. Ao longo da vida, amadurecemos com
nossas paixões.
Olhando fotos antigas percebi o quando
me modifiquei devido à várias circustâncias e escolhas. A dança pela qual me apaixonei, a
terapia que ajudou no processo de ter paixão por mim mesma, o intercâmbio que
fez com que eu me apaixonasse pelos momentos, os lugares dos quais passei, as
pessoas das quais conheci... Foi um processo natural que hoje me faz perceber
que não só minha imagem mudou, mas também meu olhar para o meu mundo e para o
mundo lá fora.
No começo desse ano, eu resolvi
abrir os braços para uma nova paixão que fez uma diferença enorme em mim e ainda
faz: o mundo do clown (ou palhaço, enfim, chame como quiser). Eu resolvi fazer
um curso chamado “Um clown dentro de mim” do qual já escrevi bastante aqui no
blog, mas que hoje me trouxe uma sensação que eu não consigo explicar muito bem.
É quase saudade, mas não é, porque tudo aquilo ainda está dentro de mim, que me desperta vários sentimentos, me emociona e alimenta meu encantamento pela vida.
Muitas vezes vestimos máscaras
imaginárias para lidar com alguma situação ou simplesmente para se proteger do
mundo lá fora (ou do mundo de dentro), mas o palhaço coloca uma máscara para se
expor. Você pode pesquisar os diversos caminhos que o clown pode tomar, pode
assistir à milhares de vídeos. Seja Chaplin, Mr. Bean, Avner, Doutores da
Alegria, Jogando no Quintal, palhaço de picadeiro... Todos palhaços, todos inteiros,
todos imperfeitos de TÃO humanos. É isso que me encanta no palhaço, essa
coragem de ser TÃO humano. O palhaço é isso... É a aceitação do SER humano a partir de si mesmo.
O palhaço é “aquele cara” que
brinca o tempo todo com a tragédia. É lindo isso, é dolorido, extremo. Exige
doçura, inocência, 100% de entrega no presente e generosidade. Ta aí... Sou
grata pelo clown ter me ensinado entre tantas coisas, o que é generosidade.
Hoje acordei pensando nisso tudo...
Ps: Recomendo o documentário dos Doutores da Alegria (vídeo abaixo) para quem quer entender um pouco mais da essência do palhaço.
Para quem não sabe Wellington Nogueira (do qual eu tenho uma admiração enoorrrrme e tive o a honra de dizer isso a ele pessoalmente) foi o responsável por trazer o projeto onde artista especialmente treinados levam alegria a crianças internadas dando surgimento ao Doutores da Alegria.
“A gente não está acostumado a
pensar em alegria como um direito. A gente não está acostumado a pensar em
alegria como algo que a gente cultiva. Como algo que é importante na vida da
gente. E não é aquela alegria de ficar sorrindo, rindo o tempo todo. Muito pelo
contrário. É a alegria pelo fato de você estar vivo. E de você estar lutando.
Você ter desafios... É quando você sai da sua zona de conforto pra tornar
melhor uma situação para o outro. Para aquela criança, pra família, pro teu
entorno, pra tua comunidade... Parece que você está se desdobrando pra fazer
algo por alguém, mas na verdade, você ta crescendo, você está se tornando mais
potente e você está mais em contato com o teu potencial e isso é uma descoberta
tão bonita!” (Wellington Nogueira)
E ao final desse post eu descobri qual era aquela sensação
que eu não conseguia explicar e que não era saudade.
É gratidão.
beijos generosos, humanos e inteiros!
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Vinícius de Moraes que me perdoe,
mas
beleza é sim fundamental!
Hoje venho aqui para concordar
"acidentalmente" com Vinícius de Moraes quando ele disse que beleza é
fundamental. Sinceramente, não creio que ele soubesse o verdadeiro valor disso
quando pediu que as feias o perdoassem. Ele teve nove casamentos que
provavelmente começaram pela beleza errada. Vinícius de Moraes que me perdoe,
mas beleza é sim fundamental.
Não adianta ter altura de um metro e
tanto, uma definição que não consegue ultrapassar o limite dos músculos, uma
cara que parece estar sempre maquiada. Não adianta passar a vida inteira
malhando, usando a última moda, passando cremes que dizem combater o
envelhecimento e o ressecamento dos cabelos. Isso tudo só vai servir para quando
a gente quiser se exibir, impressionar,
se olhar no espelho e comprar certa admiração. Mas beleza mesmo... Ah a beleza
é outra coisa.
A beleza é aquele abraço que aperta,
acolhe ou balança. É quando escapa um sorriso pelos olhos. É o gesto livre de
qualquer vaidade. É aquele breve momento do silêncio da boca. É quando o corpo
dança, fala... É a falta de ensaio. É rir da falta de jeito. É admitir que não se é perfeito. Beleza é a vista de uma janela aberta. É o
que os olhos vêem quando se fecham. É contar histórias, contar as horas e depois, não contar hora
nenhuma.
Ouso dizer que o decote, a saia curta, o
batom ou o all star, o jeans e o blazer apenas nos distraem. O que nos atrai
mesmo é a beleza. Basta olhar ao redor. Quanta gente linda conquista você todos
os dias sem a menor pretenção de fazer isso? Sejam eles amigos, pais, filhos, irmãos
ou aquela pessoa que invade seu peito de alegria e te faz sentir saudade a
qualquer hora da tarde de um dia qualquer. Porque a beleza é compartilhar aqueles pedacinhos tão individuais sem perceber. Sem querer ser mais ou menos. É desprendida do
querer ser belo. A beleza não se tem, se é.
"... E mostre o seu rosto para a manhã
Pois qualquer dia desses
Você vai nascer e crescer
E isso acontece sem você prever"
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
O domingo e eu. Limpei o domingo. Aspirador de pó, pano de chão e tudo que se tem direito. Levei o domingo pra ver o sol. Tava bonito lá fora. Andei sem hora pra voltar, sem lugar pra visitar, sem gente pra cumprimentar. Decidi ver um filme. Não estava no clima de "Os Mercenários 2". Queria algo que conversasse comigo, então escolhi um filme francês chamado "Intocáveis". Comprei meu ingresso e ainda tinha 1 hora e meia de bobeira. Fui na livraria, peguei um livro da Martha Medeiros, que sempre quero e nunca compro, da prateleira. Fui atrás de um canto vazio. Gente dormindo nas poltronas ou falando no celular, me impedindo de sentar. Fiz o mesmo percurso novamente e arrumei um lugar. Comecei a ler "Ser feliz por nada". Fiquei morrendo de vontade de escrever e me dei conta de que eu deveria sair sempre com um caderninho e uma caneta na bolsa. Ou não. Me perdi ali e a hora passou. Voltei pro cinema. Sentei num lugar bom. A sala era maior e estava mais cheia do que eu esperava (porque na verdade eu não estava esperando nada além de sentar ali e assistir a um filme). Por certo momento parei para pensar o motivo que levaram as pessoas a estarem fazendo a mesma coisa que eu. A verdade é que olharmos para o lado, descobrimos que as pessoas fazem as mesmas coisas de modos diferentes. Legal isso. Mas legal mesmo foi o filme que me fez rir sozinha, me fez gostar de estar ali. Sim, ainda sou eu comigo mesma. E eu estava precisando dessa certeza de que ainda gosto disso. Eu e minhas escolhas, eu e meus desejos, eu e minhas risadas. Continuo adorando, até porque é bom estar em dia consigo mesma. Não importa onde você esteja, quando, com quem, no final das contas é você e você. O domingo, eu e eu mesma. Ai vem o filme, vem o cara rico que só mexe a cabeça, que depende de todo mundo pra tudo e pergunta pro cara que vai lá só pra ter uma declaração pra continuar recebendo seguro desemprego. "-Não se incomoda de receber ajuda o tempo todo? / -Não. E você?". O senso de humor muda a realidade. E mais uma vez... as pessoas fazem as mesmas coisas - de modos diferentes. Arrisco até dizer que elas sentem as mesmas coisas - de modos diferentes. O que, na verdade muda, é a maneira com que lidamos com as coisas. A aceitação da realidade. Das nossas escolhas. Você pode olhar as coisas de um modo simples ou achar tudo tão complicado. Eu escolho o simples que geralmente é a única verdade. E a escolha é minha, o simples é meu, o que vem com isso tudo também é meu. Eu, minha. O domingo, meu.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade.
A liberdade não é um fim, mas uma consequência."
- Léon Tolstoi
A liberdade não é um fim, mas uma consequência."
- Léon Tolstoi
Seja lá o que for...
Liberdade nada mais é que sentir-se livre independente de um status, de onde você vive, do que você faz nesse exato momento. Difícil definir o que é ser livre. Ás vezes tenho a impressão de que as pessoas idealizam a liberdade tanto quando idealizam o amor e outras coisas. Vai de cada um. Falo por mim nesse texto. Minha liberdade é a aceitação das minhas escolhas, sejam elas arriscadas ou não, e a apreciação das mesmas como quem aprecia uma taça de vinho. Aceitação de quem realmente sou. Vista de todos os ângulos. Minha liberdade não se prende a nenhum passado ou em grandes planos futuros. Aqui, há, ar, respiro agora. Tenho a impressão que só possível fazer parte do mundo lá fora quando há liberdade por dentro. Aqui há. Um ar que é livre de devoções e demônios. Não tem hora, lógica, cálculos e rimas. E a liberdade não tem nem mesmo a obrigação de ser livre. Ela pode fazer o que quiser contanto que seja simplesmente a coisa mais sincera a se fazer. Minha liberdade tem asas e um céu do qual eu não consigo enxergar o final, mas eu não me importo se eu puder voar. Minha liberdade é leve, tira um milhão de perguntas do meu corpo, carrega minha alma no colo, me faz dormir em paz.
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