segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Acho que uma das piores sensações do mundo é começar a achar que ser o que somos não é o suficiente e começar a nos violentar psicologicamente a fim de parecer mais do que somos.
Aconteceu comigo. Foi semana passada. Sai de um lugar achando que não tinha cumprido meu papel, mas tinha. Sai de lá achando que não tinha sido perfeita, mas eu nunca serei perfeita. Sai de lá achando que deveria ter sido uma super mulher, mas eu sou apenas humana.
Ai vem a vida e nos mostra que precisamos ser apenas nós mesmos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Uma vida para chamar de sua.

Quem nunca bisbilhotou a vida alheia que atire a primeira pedra. Não sejamos hipócritas, mas também não sejamos doentes. É saudável ver fotos dos amigos, da família, da festinha que rolou no fim de semana. Afinal, está ali na timeline, não é mesmo? Uma espiadinha, como diria Pedro Bial, não faz mal a ninguém. Mas, sinceramente, não entendo essas pessoas que perdem minutos ou, quem sabe, horas do próprio dia procurando (procurando mesmo! Vai lá, digita nome, clica no link, vê conversas inteiras, blá blá blá...) por uma novidade alheia, só para traçar um plano de suposições e jogar uma praguinha. Isso não é sacanagem e uma puta falta do que fazer? Que tal transferir toda essa curiosidade para um aprendizado novo? Que tal gostar mais de si mesmo(a) e dar mais importância para a própria vida? Enfim, são só conselhos...

Meses atrás, uma pessoa teve a ousadia de dizer que eu não estava tão feliz, afinal, ele acompanhava constantemente meu blog e tinha chegado a essa conclusão. Surpresa! Eu estava (e continuo) numa fase super feliz da minha vida, tão de bem comigo mesma que expor isso ou não, não faria diferença alguma. Afinal, as pessoas que realmente me importam e que se importam comigo estão ao meu lado e não presas numa página online.

Já a pessoa que me acompanhava tanto pelo blog quanto pelas redes sociais acabou se entregando nessa suposição fracassada. Estava ali, implorando por uma atençãozinha, tentando fazer parte de algo do qual não cabia mais, esperando que eu fosse dar uma significância para aquilo tanto quanto ele dava, pedindo para que eu olhasse a vida dele tanto quanto ele olhava a minha (ou achava que olhava...). Se ele voltasse a atenção dele para si mesmo, descobriria que estava sendo "meio" patético (Sim, se todos os stalkers voltassem a atenção para as próprias vidas, ficariam assustados e se perguntando: "O que estou ganhando com isso?").

"Vá.

Fale mal do mundo enquanto eu faço versos.

Investigue a vida alheia. Faça calúnias.

Invente histórias em que você não está.

Vá!

Mas vá logo!

O que te espera de si? Flores, perdão...

Ou um sentimento barato pra se enfeitar?


Vá.

Fale mal de mim enquanto eu faço versos.

Queixe-se da vida. Culpe o outro. Beba algum veneno forte.

Engula uma verdade sem rir. Insulte alguém feliz.

Meu coração tão leve - daqui - te sente:

Tanta falta de amor por si mesmo, porquê?"

(Fernanda Mello)


Levo uma vida normal. Não faço novela, não saio em revistas, nem dou declarações bombásticas. Não acho que tenha muita gente acompanhando minha vida. Escrevo esse post simplesmente porque prezo por um mundo onde as pessoas se superem, sigam em frente, com próprias novidades e uma vida para chamar de sua.

O tempo passa muito rápido para vivermos vidas que não são nossas e das quais não fazemos mais parte.


Por um mundo onde as pessoas se valorizem mais!


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Dia de SER grande!

Dia das crianças está ai. Viva o feriado na agenda (mãe, já tá chegando?) e viva o doce, o simples, o presente e presentes, o brilho nos olhos, a surpresa, as risadas gostosas, um querer sem fim, a falta de preocupação, a falta de classificação, a capacidade de descobertas, de se encantar e celebrar sem medo.

Vem cá. Vou te contar um segredo: Quem não sabe ser criança, não cresce, sabia? E tem mais... A gente cresce e continua aprendendo a ser criança, porque criança não sabe ser ninguém além de si mesma.

E se formos nos dar um presente nesse dia 12, que seja um pouco mais de presente, no sentido temporal do agora. Afinal de contas, criança não vive em outro lugar a não ser no agora. Isso faz com que cada encontro, cada descoberta, cada novidade tenha uma importância muito grande e única, porque tudo que existe é agora. Exercer a criança que existe em nós, é exercer nosso olhar mais simples e sincero diante das coisas. É coragem de se reinventar sem abandonar quem realmente você é.

Vem cá. Me responde: O que te faz feliz? Se você pensou em algo parecido com um abraço, um sorvete, bolhas de sabão, andar descalço... Parabéns! Você ganhou uma estrelinha no caderno e o certificado de que possui sorte na vida.



"Um adulto infantilizado? Não, isso é patético. 
Na verdade, é essa capacidade de olhar o cotidiano e se encantar"
(Wellington Nogueira)

*

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Nunca subestime o poder do "Eu gostei disso!"

Ri quando assisti ao vídeo abaixo do John Mayer falando sobre relacionamentos amorosos. Ri porque achei exagerado e ri porque achei que aquele exagero faz um pouco de sentido... Então resolvi escrever por aqui.


É aquela velha história de que tudo que é demais, sobra. Ditados populares não existem por acaso.  Mas gostaria de abordar uma diferença que acho importante. O que difere o demais do muito.

Demais realmente sobra. Sobra porque incomoda, suga, invade, não cabe, assusta. Agora, muito é bom. É algo a mais (não demais). É um alívio perceber que o que você sente não é aquela coisa sem graça, morna, mediana, que não faz diferença nenhuma, porque muito é aquilo que preenche, completa.

Na teoria distinguimos bem. Okay. Até John Mayer é bom na teoria. Na prática, pode ser um pouco mais difícil. Somos humanos. Isso que nos faz tão atraentes. Pode ser que estejamos bobos, encantados, empolgados que simplesmente, por algum milésimo de segundo, achamos que “muito” e “demais” são a mesma coisa e saímos correndo por ai, atropelando quem está na nossa frente e nos atropelando principalmente.

Por isso, gosto do que o John disse no final: “Nunca subestime o poder do ‘Eu gostei disso!’”.

É sempre bom lembrar da importância de gostar das coisas como elas são. Bom olhar pra dentro e perceber a diferença daquilo que realmente gostamos ou que queremos gostar. Bom saber que isso realmente faz a diferença.

Não subestimar o poder de "Eu gostei disso!" ou "Eu gosto disso" é o mesmo que fazer questão de ser sincero consigo mesmo desde o início, o que já é um bom começo...

Quanto a música do vídeo acima, eu gosto, mas prefiro essa do vídeo abaixo... 
Acho que combina mais com o texto ;)



"Amor é um verbo
Não é uma coisa
Não é algo que você possui
(...) Amor é um verbo
Amor não é uma coisa
Amor é um verbo"


*