"...eu acho que um dia você será capaz de amar o mundo todo".
(frase do filme Comer, Rezar, Amar)
Sem pressa. O dia seguiu sua ordem sem me fazer correr. Deixei que subissem as escadas e depois segui. Driblei a rotina e parei para escutar um debate de escritores em pleno horário de loucura, no metrô Paraíso. Sentei no banquinho e ouvi, sem pensar em mais nada. Deixa todo mundo ir, deixa o tempo passar - a vida conversava comigo. Por minutos suficientes, eu deixei. Depois continuei. Vi um cego sorrindo e todos os outros tão sérios. Consegui um lugar para sentar, mas não estava tão cansada como quando eu vou de pé. Que ironia, mas me culpar pra que? Cheguei, desejei um feliz aniversário para minha madrinha por telefone, mas fui eu quem ganhou um presente. "-Encontrei uma cartinha que você escreveu pra mim. Pela letrinha, você devia ter uns 6 anos". E nesse momento eu sorri, assim como o cego. Depois jantei e liguei a TV. Comer, Rezar, Amar. Na metade. Queria ter visto ontem, mas ontem eu estava com pressa, com sono e quase com uma obrigação de dormir cedo. Hoje não. Hoje eu deixei o banho para depois e não me importei de dormir com o cabelo molhado. E assim, eu revi uma história linda da qual sempre mexe comigo. Me deu vontade de escrever um livro inteiro, ou no mínimo uma carta para outra pessoa. Pensei em pedir desculpas por dois, pensei em explicações e em me explicar. Mas quer saber? Não há nada para se desculpar, nem se explicar. Depois disso, pensei em para de tentar achar respostas. "Se você ama, então ame. Se sente saudades, então sinta saudades. E toda vez que lembrar, emane amor e luz para o mundo". Resolvi seguir algumas mensagens do filme. Simplesmente sentir o que sinto e de algum modo, transformar isso em algo bom. Equilibrar a vida, talvez seja simplesmente deixar a vida ser vivida.
Obs:
Tomara que, um dia, nós sejamos capazes de amar o mundo todo!
beijos.