quinta-feira, 29 de julho de 2010

Simplesmente pessoas...

Sabe... Eu sei que você sabe. Já deve ter parado para analisar isso pelo menos uma vez na vida. Que na verdade, não sabemos de nada. As coisas mudam tão rapidamente e quando foi simplesmente já passou. O problema não é você, também não sou eu - nem ninguém. Não há desculpa, porque isso não é nenhum problema. Eu não sei o que é exatamente, talvez seja o que chamam de vida. Ou talvez seja apenas uma parte dela. A parte das pessoas. Ficaria louca se tentasse me recordar de quantas pessoas já passaram diante dos meus olhos, com quantas pessoas troquei palavras – ou apenas escutei a voz. Pessoas... Seres como nós, porém tão diferentes. Elas fazem parte de tudo, do mundo, da gente. E nos modificam mais que supunhamos, mesmo quando teimamos em ser nós mesmos. Mas quem disse que deixamos de ser quem somos quando mudamos algo dentro de nós? Vamos, me diga quem disse? Eu não sei, há tantas pessoas... Há quem tem o poder de ensolarar nosso dia com um sorriso. Há também aquelas que nos atingem com um raio através do olhar. Pessoas mudam com o tempo. Certo dia, me disseram que pessoas nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Na época me contentei com essa explicação tão vaga sobre a existência dos seres vivos. Hoje entendo que isso não é tão importante, porque pessoas se modificam - o tempo todo – antes mesmo de nascerem. Pessoas cruzam seu caminho. Algumas delas caminham com você por um curto ou longo período. De repente ou conseqüentemente, você nunca mais as verá. E isso, não necessariamente, torna-se um final definitivo. Não são apenas pessoas. Trata-se de vidas, destinos, escolhas e de outras pessoas que vão surgindo ao longo do tempo e, dessa maneira, criam uma equação sem resposta que se possa julgar por certo ou errado. Pessoas somam, subtraem, dividem, multiplicam. Ás vezes não acontece nada disso. Ás vezes, tudo ao mesmo tempo. Duvido que seja possível viver totalmente sozinho, mas acho injusto culpar outra pessoa pela nossa felicidade (ou infelicidade), embora seja difícil controlar o impulso e ser realista consigo mesmo.


"So no one told you life was gonna be this way
Your job is a joke, you're broke, your love life's D.O.A.
It's like you're always stuck in second gear
When it hasn't been your day, your week, your month, or even your
year, but...
I'll be there for you (when the rain starts to pour)
I'll be there for you (like I've been there before)
I'll be there for you ('cause you're there for me too)"
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"Então ninguém te falou que a vida seria assim
Seu trabalho é uma piada, você está sem dinheiro, sua vida amorosa é um desatre
É como se você sempre estivesse emperrado na segunda marcha
Quando não foi seu dia, sua semana, seu mês, ou até mesmo seu
ano, mas...
Eu estarei lá por você (Quando a chuva começar a cair)
Eu estarei lá por você (Como estive lá antes)
Eu estarei lá por você (Porque você está lá por mim também)"

(I'll Be There For You - Friends Theme)



Beijos mágicos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

(Quando me esqueço)
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Milhares de coisas que eu gostaria de colocar pra fora percorrendo minha mente
Abri a tela do computador
e todas elas fugiram
como se temessem ser reveladas
Elas, então, são supostamentes iludidas
Pois nada consegue ficar escondido do meu interior
Não por muito tempo
E quando o sol sair
Todos os sentimentos que me pertencem
sentirão o calor, a luz, o cansaço
Sentirão algo que ultrapasse eles mesmos
E essa serei eu.
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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Não, eu não tenho um diário. Tenho um blog. Sou moderninha. Mentira. Quando acaba a energia eu me inspiro pra ver se me volta o ar - preciso escrever. Pego um papel, uma caneta e sigo meus dedos, que não apontam para mais nada além do meu coração. Eu escrevo que quando eu crescer quero ser princesa, escritora, tocar gaita ou bateria ou piano - ou os três, quero criar coisas admiráveis, quero aprender muito, brincar de mímica, quero viajar bastante, brincar de ser criança pra sorrir o máximo que puder, quero ler livros que me desliguem o pensamento, quero dançar até os pés se cansarem de doer, quero ter coragem, amor, saúde, liberdade e algum dinheiro - tudo dentro de uma necessaire baratinha que eu possa caregar comigo - dentro da bolsa. Dividindo lugar com minhas folhas amassadas, rabiscadas de sonhos e realidades de gente grande! 

Estou na fronteira
esperando
que você invada meu espaço.
Eu não tenho diário
para deixar que você me leia.
Eu estou na fronteira,
você consegue me ver?
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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Lembranças...
Há milhares de fotos arrumadas em um álbum bonito e nas pastas do notebook. Os vídeos me recordam do barulho do momento e das risadas tão descompromissadas. Ainda restam o mapa da cidade em algum lugar da gaveta e o bilhete do metrô de Nova York guardado na carteira. Minha playlist ainda está lá... pronta para ser apreciada a qualquer hora. As músicas sempre foram uma ótima compahia. Mas agora, o contexto é outro. Não digo que seja pior ou melhor. É tudo tão diferente... Olho para tudo que me restou e apenas me lembro de como fizeram parte - diretamente - de momentos maravilhosos. Me lembro com uma sensação de orgulho próprio. Bom isso. Porém, não sinto mais o que já passou. Será por que tudo já acabou? Antes da conquista (de um território próprio), tudo que me povoava era uma ansiedade do desconhecido e um medo (pelo mesmo motivo) que me levava a seguir e alcançar meu destino. O meio foi uma vivência importante para meu crescimento, para que mudanças ocorressem agora. E agora? Agora são lembranças, saudade da cidade pacata, da vista da janela, da espera na lavanderia, dos waffles com geléia do café da manhã. Saudade de ir até ao Walmart comprar comida congelada, roupa barata e na volta passar no Dollar Tree (onde tudo vale 1 dólar) comprar pipoca, ou amendoim ou detergente. Saudade de sentir saudade da família, dos amigos, do cachorro. Saudade de dormir nos dias de folga sem ninguém pra me acordar, de lavar a louça quando quisesse mesmo que só fosse um ou dois pratos e talheres, de ficar domingo a noite vendo tv (e programas legais por sinal) muitas vezes depois de voltar do boliche. Saudade de caminhar com os amigos até algum lugar que ainda não tinhamos descoberto ou simplesmente voltar nos lugares que mais tinhamos gostado - com nossas luvas, tocas e um frio abaixo de zero. Saudade de ir ao banco trocar o cheque do pagamento e na volta observar as casas sem portões (as vezes com cercas), com churrasqueiras cobertas de neve e bagunça na garagem, embora algumas fossem bem organizadas. Uma vez na ida ao banco, estava um frio e um vento tão intensos que tivemos que parar numa locadora no meio do caminho para nos aquecer. Saudade. Me restaram os cachecois no guarda-roupa. Não é a mesma coisa. Não é o mesmo sentir, o mesmo frio, o mesmo ar. Ás vezes pego meus pensamentos por lá, querendo voltar. Mas acho que não seria a mesma coisa. Não seria a mesma novidade, a mesma ansiedade, o mesmo medo. E agora? Pra onde é que eu vou? O caminho ainda é o mesmo? Olhando para trás parece fácil e eu até encontro uma resposta. Pois quem diria que eu iria - hein?! Olhando para frente as coisas mudam. A gente se sente meio perdido no mundo que sempre nos abrigou. Chega a ser no mínimo estranho, e nesse momento: Ah.. que saudade! E agora? Pra onde é que eu vou? Eu só tenho uma condição: que seja um lugar que me deixe cheia de saudade, com lembranças eternas.


"Is there something missing?
There's nobody listening
Are you scared of what you don't know?
Dont wanna end up on your own?
You need conversation
And information"
(How You See The World - Coldplay)
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sábado, 3 de julho de 2010

"Sobre as fases da lua"...

Vou te contar um segredo. Vou te contar o motivo da saga Twilight fazer tanto sucesso. Não é por causa do peitoral do Jacob, nem pelo amor da Bella e do Edward. Isso ajuda - e muito - mas não é por causa disso. É porque as pessoas gostam de sonhar e através do filme vêem algo que sempre desejaram: alguém pra cuidar delas. Vai, me diz, confesse com todas as letras... Você nunca quis alguém que pudesse cuidar de você? Que pudesse te proteger? Alguém com quem você não se sentisse perdido? É isso que as pessoas procuram o tempo todo. É por isso que as pessoas se decepcionam o tempo todo - falo por experiência própria. Será que existe alguém capaz de cuidar da gente? Talvez. Talvez um homem ou uma mulher mais velha, que tente imitar o cuidado dos seus pais e que depois de um tempo irá precisar de cuidados, para carregar até o fim da vida a idade que colecionará na grande mochila do tempo. Entendeu porque o Edward é vampiro agora? Ele não irá envelhecer e poupará a Bella dessa parte da história (real). Perfeito. É por isso que você assiste ao filme e suspira. E se pergunta porque aquela menina sem graça tem dois pretendentes e você - que também é sem graça - não tem nenhum. A resposta? Nossa vida não é um filme. Não estou sendo pessimista, pois em nenhum momento descartei a possibilidade dela ser melhor que um filme. Mas nossa vida é real. E na nossa realidade - sem vampiros e lobisomens - temos que aprender a cuidar da gente (para não sermos devorados pelo mundo). O fato é que a gente cresce. Não queremos mais os mimos dos nossos pais. Mas queremos alguém pra continuar cuidados das partes que não conseguimos controlar sozinhos. Vai entender... Enquanto isso, o que a gente faz? Talvez seja por esse motivo que as pessoas falam tanto em autoconhecimento. Isso pode facilitar um pouco nas nossas escolhas, no nosso "controle" e na nossa proteção.

Desculpe se você não entendeu nada do que escrevi. Simplesmente olhei para a tela e pensamento aleatórios saíram de mim. Independente disso, recomendo que assista os filmes da saga Twilight (Crepúsculo).

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quinta-feira, 1 de julho de 2010

DESconcerto

Pode falar o que quiser. Porque eu estou falando o que eu penso. O que eu penso? Em tudo. Tudo mesmo. Na paz mundial, nas minhas batalhas internas, no filme que vai estreiar, na música que não paro de escutar, e até na morte da bezerra. Pensando e falando sobre tudo isso, percebo que minhas atitudes não suportam mais ser apenas políticas para agradar a "boa vizinhança" que, pra te dizer bem a verdade, nem é tão boa assim. Parei de adaptar palavras. Parei de me adaptar a tudo. Quando vai chegar minha vez? A vida é feita de consequências, eu sei. E minhas sequências seguem o ritmo de um (des)concerto. Eu não quero tudo certo, seria entediante. Não quero concertar pessoas, elas perderiam a graça. Entretanto, isso não significa que eu tenha que aceitar tudo (e também não significa que eu tenha que me rebelar contra tudo). Eu só não estou aceitando MENOS. Pouco eu até aceito, se isso for tudo que você tiver. Mas menos? Ah.. isso não. Nem tente me enrolar. Tudo que você subtrair, eu descarto pra tentar concertar essa mania de tentar suportar tudo. Sou forte, na maioria das vezes, eu acho, mas tenho o direito de ser fraca também, afinal sou humana, de carne, osso e um coração sem fim - e não sou idiota (por favor, decore essa parte: não sou idiota!). Desconcertada, por ser que sim (e não sei se sou um caso perdido ou encontrado), mas idiota... não mais. Não aceito fiado, nem palavras previsíveis, nem considerações virtuais, nem sentimentos banais, entre outras coisas. Não acho que nossa vida tenha que se acostumar com isso. Porque isso é tão "menos" que ás vezes até perde o sentido e você se pergunta: "Mas o que é isso mesmo?" e ninguém responde. Ultimamente estou assim. Não há nada que me pare. Afiada. Pronta para cortar o que só ocupa espaço e não serve pra nada. Bem vindos ao meu (des)concerto!

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